
Filho de um alemão e de uma tubaronense, Willy Zumblick desejava correr o mundo na boleia de um caminhão, mas ainda criança descobriu a aptidão para o desenho, sem imaginar que se tornaria um dos catarinenses que marcaram o século 20. Parte da trajetória vai ao ar amanhã, às 14h, no oitavo episódio da série documental e dramaturga Pequenos Grandes Talentos, produzida pela TVi e NSC TV.
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Foi pelas ruas empoeiradas de Tubarão, no Sul do Estado, que Zumblick cresceu. Por meio dos pincéis contou a história e a tradição de Santa Catarina como nenhum outro artista catarinense. Foi escoteiro, e na escola se destacava pelos desenhos, sendo chamado com frequência ao quadro negro para ajudar os professores nas ilustrações.
Não teve contato com muitos mestres da pintura, à exceção de lições como aprendiz do pintor alemão Frederico Guilherme Lobe.
— Lobe foi convidado para pintar os vitrais de uma antiga igreja de Tubarão, e o jovem Willy logo se dispôs como seu assistente. Foram quatro anos de muitos ensinamentos — comenta Fhilipe Gislon, ator que interpretou o artista na juventude para a série.
Anjos no caminho
Apesar de não ter estudado em uma instituição de arte e não ter feito aulas particulares, Zumblick teve o apoio de algumas pessoas para se moldar.
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— Ele teve alguns anjos na vida que ajudaram a lapidar o seu talento natural. A professora que era a irmã Isidória, por exemplo. Dizem que na infância dele, ela foi a maior incentivadora — comenta Gislon.
Para a família do artista, poder assistir a forma como ele começou a identificar a habilidade que tinha para pintar é uma oportunidade de expandir não só biografia de Zumblick, mas também a do Estado.
— Ter a história contada por uma emissora aberta e local só vem a enaltecer a obra dele que retrata o amor pela sua terra e sua gente. Ter a história dele contada por meio da imprensa escrita, falada e televisionada, torna mais fácil para todos o acesso ao conhecimento da cultura catarinense — afirma Maria Elisa Zumblick, uma entre os cinco filhos que o artista teve.
Quando questionada sobre como ela poderia resumir o pai, Maria não hesita nos adjetivos:
– Como filha e admiradora posso garantir que foi um homem simples, honesto, carinhoso, atencioso, além de um poeta apaixonado pela nossa mãe Célia.
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