Cultuada no Brasil, série “The Walking Dead” chega a sua terceira temporada

Fenômeno nos cinemas, na literatura e nos games, os zumbis chegaram com tudo à TV em 2010, quando The Walking Dead estreou quebrando recordes de público.

Dois anos depois, a série, inspirada na história em quadrinhos de Robert Kirkman, firmou-se como uma das maiores audiências e volta agora após um recesso de sete meses para sua terceira – e mais aguardada – temporada. E tudo começa hoje, às 22h15min, no canal Fox.

Depois de décadas reinando com seus corpos putrefatos no cinema B, os mortos-vivos alcançaram a TV e tornaram-se uma espécie de coqueluche de viciados em cultura pop. Em The Walking Dead, eles são feios, sem cérebro e famintos por humanos como todo zumbi, mas movimentam uma trama não exatamente de terror, e sim de suspense. A série acompanha a saga do grupo de sobreviventes liderado pelo ex-xerife Rick (Andrew Lincoln) que busca alguma segurança em meio ao caos de um mundo dominado por mortos-vivos. E tudo isso sem deixar de lado os conflitos amorosos e de convivência.

A fórmula deu certo: The Walking Dead é exibido em 120 países em 33 idiomas. Na segunda temporada, The Walking Dead bateu um recorde no Brasil. Com mais de 94 mil espectadores, tornou-se a série mais vista do país no horário nobre. Em comparação com a média de 2011, elevou em 320% a audiência da Fox na faixa horária.

Aos que vão embarcar agora na aventura zumbi, segue um breve panorama de como Rick e sua turma se encontravam ao fim da segunda temporada. Uma das sobreviventes, Andrea (Laurie Holden), se perdeu do grupo e estava sendo perseguida por zumbis, enquanto Rick tentava manter a turma unida depois de explicar que, desde sempre, todos estavam contaminados pelo vírus que faz os mortos voltarem. Ou seja, não precisa ser atacado por um zumbi, basta morrer para virar um canibal descerebrado.

Mas foram nessas duas situações que acabaram construídas as pontes para esta nova temporada, que terá 16 episódios, três a mais do que as anteriores. Andrea foi salva de uma não morte pela espadachim Michonne (Danai Gurira), personagem clássica das HQs que, além de manejar uma katana, anda acompanhada por dois zumbis de estimação – devidamente acorrentados e com braços e maxilares decepados para evitar problemas.

Enquanto isso, Rick e seu grupo se reuniram aos pés de uma gigantesca penitenciária, provável palco da primeiras histórias desta temporada e que deverá abrir caminho até uma das figuras mais terríveis do universo de The Walking Dead: o Governador. Considerado um dos maiores vilões dos quadrinhos de todos os tempos, ele controla a cidade de Woodbury e pode ser considerado uma ameaça muito maior do que os mortos-vivos. Nos quadrinhos, ele apronta barbaridades com os recém-chegados – especialmente Rick e Michonne. Na TV, ele ganha vida com o ator David Morrissey. Já cotado como um dos grandes personagens da temporada, não deverá ser menos cruel que nas revistas.

Curiosidades sobre a série:

The Walking Dead tem nos créditos o nome de Frank Darabont, um dos criadores e principais roteiristas do seriado – ele também dirigiu o episódio-piloto. Darabont é bastante conhecido por seu trabalho no cinema, assinando filme como Um Sonho de Liberdade e À Espera de Um Milagre, ambos inspirados na obras do escritor Stephen King e que valeram ao diretor indicações ao Oscar de roteiro adaptado.

A série estreou na TV americana 2010, em 31 de outubro, o Dia das Bruxas (Halloween).

Alguns personagens do seriado não estão presentes nos quadrinhos originais, entre eles os beligerantes irmãos caipiras Daryl (Norman Reedus) e Merle (Michael Rooker) Dixon.

Em The Walking Dead, ninguém usa a palavra zumbi. Os mortos-vivos são chamados de “walkers”, que em tradução livre tem o sentido de “errantes”.

A trama é ambientada no Estado americano da Geórgia.

Por não se saber como a série seria recebida, foram produzidos apenas seis episódios na primeira temporada. O imenso sucesso assegurou a segunda temporada com 13 capítulos.

Nos EUA, a estreia da segunda temporada foi vista por 7,3 milhões de telespectadores, quebrando um recorde de audiência na TV para que durava mais de 10 anos – para programas feitos para o público com mais de 18 anos.

O AMC, canal produz The Walking Dead se tornou conhecido nos últimos anos por outros dois seriados premiados e aclamados por público e crítica: Mad Men e Breaking Bad.

Em 2011, concorreu ao Globo de Ouro de melhor serie dramática. No mesmo ano, conquistou o prêmio Emmy de melhor maquiagem.