A retirada, comercialização e consumo de ostras, mexilhões, vieras e berbigões está proibida na Ponta do Papagaio, em Palhoça. A decisão inclui também a retirada na beira da praia e nos costões e produtos que possuam esses frutos do mar entre seus ingredientes.

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Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR), a área precisou ser interditada por conta da presença de uma toxina que causa diarreia a quem a consome.

A presença de ácido ocadaico, responsável pela toxina, foi identificada no cultivo desses moluscos na região após exames laboratoriais, conforme informa pela Secretaria. A substância pode provocar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia a quem consumir os frutos do mar intoxicados.

O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa, afirma que o monitoramento é feito constantemente no Estado.

“A maré vermelha é um processo natural. Seguiremos atualizando as informações e emitindo alertas até que a situação no litoral catarinense esteja normalizada”, afirmou Gouvêia em nota.

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Cultivo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões é proibida por causa de toxina na Ponta do Papagaio, em Palhoça
(Foto: Tiago Ghizoni/Diário Catarinense)

Santa Catarina é o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo, segundo a SAR. Outras três áreas do Litoral Norte já foram interditadas por conta dessa mesma toxina. Em Balneário Camboriú, a proibição acontece nas praias da Barra e Laranjeiras. Já em Penha, a proibição acontece na praia da Armação do Itapocorói.

Proibição não afeta Fenaostra, diz Secretaria

A proibição não afetará a Fenaostra, que acontece até o dia 15 de setembro em Florianópolis. De acordo com gerente de Aquicultura e Pesca da Secretaria da Agricultura, Sergio Winckler, o evento não comercializa ostras da região afetada pela toxina.

"A maioria dos restaurantes presentes na Fenaostra são do Sul da Ilha e essa região não tem nenhum indicativo de interdição. Na semana passada nós alertamos os maricultores e donos dos estabelecimentos para que colhessem as ostras e fizessem um estoque como forma de prevenção", explicou Winckler.

Por causa da Fenaostra, as amostragens de moluscos na região da Grande Florianópolis foi intensificada, de acordo ele.

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