A retirada e comercialização de ostras e mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia, está interditada a partir desta sexta-feira (23) em Sambaqui, Cacupé e Santo Antônio de Lisboa, na costa oeste de Florianópolis. O motivo é a concentração de ficotoxina Ácido Okadaico acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos bivalves. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
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A atividade já ficara interditada nessas três praias, pela mesma razão, entre 6 e 14 de agosto deste ano.
A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural informa que está mantida a interdição das áreas de Perequê, Ilha João da Cunha e Araçá, em Porto Belo; Fazenda da Armação, em Governador Celso Ramos; Praia do Pontal e Praia do Cedro, em Palhoça.
>Reconhecimento para a ostra catarinense
A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
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Liberação parcial
Permanecem parcialmente interditadas as áreas de Barro Vermelho, Costeira do Ribeirão e Freguesia do Ribeirão, no município de Florianópolis. Nessas localidades está autorizada a retirada e comercialização apenas de ostras.
As ostras foram liberadas a partir de dois resultados negativos consecutivos para presença de toxina diarréica.
>Cultivo de ostras e mexilhões é interditado em 4 localidades da Grande Florianópolis
O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que ostras e mexilhões se comportam de formas diferentes diante da concentrações de algas tóxicas, por isso, a desinterdição é parcial:
– Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso, foi possível a sua liberação antes dos mexilhões.
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Ainda permanece proibida a retirada e comercialização de mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.