Em 21 de dezembro de 2018 iniciou oficialmente o verão. Estação marcada pelo período de férias escolares e que muitos trabalhadores optam por descansar. Porém, além de ser um período para aproveitar ao ar livre, nesta época do ano também é importante tomar alguns cuidados com a pele, alimentação e, claro, com os refrescantes banhos de mar.

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A preocupação com os raios solares é o que motiva o casal Ana Cecília Morell e Diogo Vargas a levarem o pequeno Kalani, de 1 ano, à praia logo nas primeiras horas do dia. O resultado, segundo Ana, é um verão mais tranquilo.

Ana conta que quando o assunto é praia, o traje da criança é sempre o mesmo: camisa manga longa, chapéu e filtro solar fator 50, tudo para que o pequeno possa aproveitar o verão da maneira protegida.

Mas a preocupação não se restringe ao filho. Diogo é servidor público, carioca e surfa há cerca de 15 anos. Ele conta que manter a pele protegida sempre fez parte de sua rotina. Além de respeitar os horários indicados para exposição ao sol, ele utiliza um reforço antes de cair na água.

— Costumo usar filtro feito com zinco, que protege ainda mais a pele, já que passo cerca de duas horas surfando — diz Diogo.

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Esse filtro solar escolhido pelo carioca é chamado de protetor solar físico. Esses produtos são menos alergênicos à pele e também menos destrutivos ao meio ambiente por não contarem com produtos químicos em sua composição. A preocupação com os oceanos tem sido uma bandeira cada vez mais reivindicada quando o assunto é a indústria cosmética de acordo com a dermatologista.

No caso dos filtros solares, a substância de oxibenzona, utilizada nestes produtos, foi apontada como prejudicial aos recifes de corais em um estudo publicado na revista científica Environmental Health Perspectives.

A dermatologista Juliana Viesi explica que essa discussão está em voga, mas ainda não é uma abordagem feita pelas empresas e indústrias, já que ainda não nenhuma normativa a respeito do tema.

Essa preocupação deu origem a uma marca catarinense de protetor solar físico vegano, produzida por uma empresa que nasceu em Garopaba, no Litoral Sul de Santa Catarina. Um dos criadores da marca, Jackson Pereira, defende a mudança:

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— Usamos na fórmula o dióxido de titânio e o óxido de zinco, por serem naturais e não terem problema de estarem saindo no mar e agredindo o meio ambiente — explica Jackson.

Foi a partir da vivência na Austrália, onde morou por anos, que surgiu a ideia em criar o produto que tivesse uma preocupação com o impacto nos oceanos.

— A gente viu que lá existe um apelo muito grande por isso. Existe a grande barreiras de corais, que estavam sendo prejudicados pelos protetores químicos que eram liberados no oceano e a gente acabou trazendo esse conceito para cá.

Ele ressalta que essa é uma tendência. No Havaí, por exemplo, está proibida a produção de protetores solar químicos a partir de 2021 por conta das substâncias nocivas aos corais. Nem mesmo será permitida a comercialização desses produtos de acordo com ele.

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— A gente pegou a tendência de usar o protetor à base de zinco e dióxido de titânio, que deixam o rosto mais marcado, do surfe, que lá eles usam muito. Então a gente uniu ao conceito de ser natural e vegano para não agredir o meio ambiente — conta citando outros três amigos que participam do projeto, os também gaúchos Gabriel Colombo, Vinicius Maurente e Renan Araújo.

Em 2016, SC liderou a taxa de incidência de câncer de pele

Em 2018, 3.340 mulheres e 2.920 homens estavam previstos para serem diagnosticados com câncer de pele não melanoma em Santa Catarina, totalizando mais de 6 mil novos caso – no Brasil, a previsão era de 165 mil no ano.

Os dados fazem parte de uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgada ainda no início do ano passado e baseada nos Registros de Câncer e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS). Os números oficiais de casos efetivamente registrados em 2018 ainda não foram divulgados pelo Inca, mas nem por isso os dados requerem menos atenção.

Em 2016, o SC liderou a taxa de incidência de câncer de pele proporcional à quantidade de habitantes: foram cerca de 160 a cada 100 mil habitantes diagnosticados com a doença.

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Para a dermatologista Juliana Viesi, a quantidade expressiva de casos tem sido reflexo de dois fatores: o aumento das campanhas, que resulta em mais conscientização e consequentemente em mais diagnóstico da doença, e o crescimento no nível de radiação solar, responsável tanto pelo bronzeamento quanto por queimaduras que ocasionam câncer de pele.

O Índice Ultravioleta (IUV) é uma escala que varia de zero a um número superior a dez, responsável por medir a intensidade da radiação solar em relação ao horário em que o sol alcança seu pico, no meio-dia solar.

O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram) mantém um acompanhamento diário da radiação solar que atinge o Estado, com ferramenta disponível no site do órgão.

Não melanoma é o tipo de câncer mais frequente no país

Há dois tipos de câncer: melanoma e não melanoma, esse último mais frequente no Brasil, que corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país de acordo com o Instituto Nacional de Câncer. (Inca).

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O melanoma é um dos tipos menos comuns, que geralmente tem origem genética nas pessoas de pele mais clara. Apesar de ser o tipo menos comum, conforme a dermatologista, é o câncer mais agressivo, que pode se espalhar para outras partes do corpo, inclusive para os órgãos internos, podendo levar o paciente à morte.

— Geralmente esse câncer pode vir de uma pinta já existente ou de uma nova adquirida por conta da exposição solar. O risco de melanoma está relacionado às queimaduras de praia — pontua dermatologista Juliana Viesi.

As pessoas de pele negra devem ficar atentas às pintas nas plantas dos pés e das mãos, regiões mais comuns à incidência de melanoma segundo a dermatologista. Ela conta que qualquer pinta que sofreu alteração repentina em sua característica ou surgiu de uma hora para outra deve despertar a atenção.

— A gente tem uma regra chamada de A, B, C, D, que significa mudança de assimetria, borda, cor e diâmetro. Se houve alteração desses aspectos ou, então, se a pinta se tornou maior que seis milímetros, com um crescimento maior neste período — diz.

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Já o câncer não melanoma é considerado de menor gravidade e surge nas áreas mais expostas ao sol, como o rosto, o colo e os braços. Além disso, é uma doença que surge a médio e a longo prazo de acordo com a médica.

— É aquele câncer vai se acumulando em que todo sol que a pessoa toma. A incidência desse tipo é mais comum em regiões onde residem pessoas com a pele mais clara. Bolinhas que não cicatrizam e começam a sangrar, causando irritação, manchas avermelhadas que crescem rápido são indicativos — conta Visei.

O fator de proteção ideal varia dependendo do tipo da pele.

— Para as pessoas de pele clara, é indicado pelo menos fato 50. Pessoas de pele morena, fator 30 e negras, fator 15 — aconselha.

Quais os horários mais indicados para pegar sol

Em Santa Catarina, o horário mais indicado para quem deseja aproveitar a estação para se bronzear é até as 10h e após as 16h. De acordo com a dermatologista, esse período é o que tem maior radiação ultravioleta B, que apresenta risco de provocar câncer de pele.

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Em outras regiões do Brasil, entretanto, isso muda. No norte e no nordeste do país, o recomendável é evitar a exposição solar entre 9h e 15h.

Visei ressalta que o uso de filtro solar é essencial para pessoas que já têm manchas, como o melasma, que tem origem genética e pode surgir também na gestação. É preciso continuar protegendo essa região de acordo com a dermatologista.

Novos tecidos bloqueiam a ação dos raios ultravioletas

Tem sido cada vez mais comum observar na praia crianças usando camisetas de manga longa, com tecidos mais grossos, semelhante às roupas usadas por quem pratica surfe.

A novidade, no entanto, está muito mais ligada à saúde do que ao apelo estético: essas roupas são confeccionadas com tecidos que levam proteção solar com o intuito de bloquear a ação dos raios ultravioletas.

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— Como a criança fica muito tempo na água, às vezes fica difícil para os pais ficarem repassando o filtro solar, então essas roupas de proteção ajudam. Precisa passar protetor solar apenas nas áreas que não estiverem cobertas pelo tecido — afirma Viesi.

Mas essas peças não são voltadas apenas ao público infantil. Há também camisetas e acessórios, como bonés, chapéus, luvas e cangas.

Falta regulamentação para as roupas de proteção solar

Até o momento, entretanto, não há regulamentação brasileira de roupas com proteção solar por parte do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de acordo com o Técnico em Atividades de Fiscalização, Tiago Jacques Schmidt. Também não há nenhuma norma nacional referente a eles:

— Em janeiro de 2016, o Inmetro analisou alguns dos produtos disponíveis no mercado e concluiu que a maioria realmente oferece a proteção que declara — diz.

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Neste estudo, o mais recente desenvolvido pelo órgão, foram analisados 12 produtos, entre camisas e bonés de uso adulto e infantil, de nove diferentes marcas de roupas com proteção UV, disponíveis no mercado brasileiro. As amostras foram adquiridas no estado do Rio de Janeiro.

Schmidt explica que, como ainda não há regulamentação específica para este tipo de vestuário, atualmente não existe selo ou outro indicativo da qualidade do produto assegurado pelo Inmetro.

A dermatologista Juliana Viesi diz que a normatização mais conhecida na área é o Fator de Proteção Ultravioleta (FPU), que seria o selo semelhante ao Fator de Proteção Solar (FPS), utilizado nos filtros solares de acordo com a dermatologista. No entanto, ela ressalta que é necessário atentar para a durabilidade dessas peças.

O FPU é a normatização feita pela Agência Australiana de Proteção à Radiação e Segurança Nuclear (Arpansa), responsável por medir o fator de proteção ultravioleta dos tecidos. A proteção pode variar entre 15 e 50+, de modo que, quanto maior a classificação FPU do tecido, maior será o nível de proteção.

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Atenção para os alimentos no verão

A turismóloga mineira Luciana Moraes, de férias na Ilha, aposta na praticidade para manter a filha bem protegida tanto do sol quanto do mar, já que a pequena adora ficar brincando na beirada da praia. O receio com a segurança da filha não se limita às ações externas.

Luciana enfatiza que mantém atenção também ao que é consumido. Frutas e água são presenças indispensáveis na bolsa da mineira.

— Ela adora, não pode faltar quando viemos à praia — diz.

Luciana prefere levar os alimentados de casa e aposta na maçã e na banana por conta da praticidade. Em relação aos produtos vendidos na areia, só compra picolé.

Para a nutricionista Gismari Bertoncello, a preocupação de Luciana é válida. Ela explica que algumas comidas que levam fontes de proteínas, que contenham carne, frango, peixe, frutos do mar, ovos, leite e derivados são os mais propensos à contaminação.

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— Nosso corpo, o meio ambiente e os próprios alimentos contém bactérias patogênicas e não patogênicas. Quando as bactérias patogênicas encontram um ambiente ideal com alta umidade e calor, se proliferam rapidamente e ao consumirmos, ocorrem os problemas, as chamadas toxinfecções alimentares — destaca.

Para quem, assim como a turismóloga, prefere levar lanche de casa para a praia, a nutricionista indica alimentos secos e sem proteínas na composição, como castanhas, frutas desidratadas e não cítricas já higienizadas e embaladas, como pêssego, pera, maçã e banana e chips de vegetais.

Gismari atenta que é preciso ter cuidado com as frutas, que não podem ficar mais de duas horas no calor, pois fermentam e podem causar desconforto gástrico. Em relação às bebidas, a aposta certeira, além da água, é nos sucos naturais.

Aos que preferem lanches, a nutricionista diz que uma boa opção são os sanduíches naturais, com pasta de queijos e proteína animal. Gismari, entretanto, frisa que é necessário embalá-lo bem e mantê-lo em ambiente refrigerado, como em bolsas térmicas.

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Quem sai de manhã e decide passar o dia em frente ao mar deve ter cuidado redobrado. Conforme a nutricionista, não há problemas desde que sejam respeitadas as normas de conservação. No caso do churrasco, por exemplo, é preciso manter a carne resfriada antes de assar e, após a refeição, armazená-la na geladeira.

— Uma dica importante é nunca deixar alimentos cozidos fora da geladeira. Existem famílias que guardam pratos do almoço no forno antes de guardar para não estragar a geladeira, por exemplo, e isso é um mito — enfatiza.

Dica importante: beba muita água

Beber bastante água é essencial para manter as funções vitais do organismo. O corpo é composto 70% de água e costuma dar sinais quando estamos 5% desidratado.

— A desidratação leve pode causar, além de sede, dores de cabeça, fraqueza, tonturas, fadiga e sonolência. A desidratação moderada inclui boca seca, diminuição da diurese, moleza, batimentos cardíacos acelerados e falta de elasticidade da pele — explica Gismari.

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Em dias normais, sem calor e nos quais não é comum suar, o ideal é consumir 30mls de água por quilo de peso corporal de acordo com ela. No verão, entretanto, é preciso aumentar considerando que perdemos mais líquidos nesta época. Água de coco e sucos naturais ajudam e podem ser consumidos conforme a nutricionista.

Para os fãs de cerveja ou caipirinha em frente ao mar, o cuidado precisa ser redobrado, pois o álcool desidrata o corpo. A nutricionista recomenda intercalar bebidas alcoólicas com água, pelo menos o dobro enquanto bebe. Além disso, beber em jejum não é o ideal. Coma sempre um lanchinho.

Temperaturas altas nos primeiros dias de 2019 em SC

Os primeiros dias de 2019 em Santa Catarina foram marcados por temperaturas que chegaram a níveis recordes nas cidades catarinenses. Em Florianópolis, o terceiro dia do ano foi o mais quente, alcançando a temperatura mais alta desde 1911: os termômetros registraram 39,7ºC. Em Joinville, Blumenau e Antonio Carlos, chegou a ultrapassar os 40ºC.

Nos dias mais quentes, a personal trainer especialista em Reabilitação de Lesões, Damaris Machado, lembra que a atenção precisa ser ainda maior. Com a elevação da temperatura corporal, aumenta também a quantidade de suor e, consequentemente, o risco de desidratação.

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— Uma vez que, durante o exercício, o organismo, que normalmente está em 36ºC, pode chegar em 37,5ºC, temperatura semelhante ao estado febril. A desidratação pode causar danos musculares, redução da capacidade corporal e levar a lesões — explica a educadora física, que presta consultoria fitness voltada às mulheres, junto com as personais Gabriela Brisolara e Angel Góes.

A prevenção é simples: beba água, sobretudo durante a prática de atividades de longa duração. A educadora física recomenda que a média é a ingestão de 150 a 200 ml a cada 15 ou 20 minutos. Além disso, também é importante observar as respostas que o corpo está dando ao longo do exercício. Se for necessário, segundo ela, é necessário diminuir o ritmo, ou mesmo a quantidade, dos exercícios.

O cuidado deve ser redobrado para quem pratica esportes na areia da praia.

— A hidratação é muito importante, pois quando praticamos exercícios físicos perdemos muita água e sais minerais através do suor e no calor esse processo se torna mais intenso. Por esse motivo, procure beber água antes, durante e após a prática de atividades físicas. Há também outras precauções básicas. Escolha roupas leves, use bonés, óculos e protetor solar são indispensáveis — ressalta.

Guarda-vidas de olho no mar

Os últimos anos, o Novo Campeche tem se desenvolvido com o aumento de loteamentos na região e empreendimentos comerciais, resultando no crescimento de banhistas que frequentam a praia, que está localizada no bairro Campeche, no Sul da Ilha.

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É o que tem observado o guarda-vidas Samuel Torres, que há 10 anos atua no mesmo local. Ele conta que desde o início da temporada, a equipe de salva-vidas atendeu entre aproximadamente 40 ocorrências de pessoas que precisaram ser socorridas após serem arrastadas pela correnteza.

No entanto, de acordo com ele, há pelo menos cinco anos não são registradas mortes por afogamento no local, considerado de mar intermediário – não é raso nem de tombo, quando a profundidade não é gradativa.

Mar calmo, água visualmente verdinha e calor de suar: apesar de essa ser a combinação perfeita para quem busca aproveitar o dia na praia, é também motivo de preocupação para os guarda-vidas.

— O maior número de ocorrências são registradas em dias quentes, com água quente e mar tranquilo, pois é quando as pessoas costumam se aventurar mais por conta das circunstâncias favoráveis — ressalta.

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Outro fator que faz a ousadia resultar em acidentes é a embriaguez, afirma Samuel. A orientação é evitar entrar no mar depois de ingerir bebidas alcoólicas.

Sinalização no mar deve ser respeitada

Assim como no trânsito, no mar a sinalização também deve ser respeitada por quem frequenta o local. Todas as manhãs, os guarda-vidas percorrem a extensão da praia observando os locais com buracos e as condições do mar para sinalizar os locais em que os banhistas devem ter mais cuidado ou, até mesmo, evitar se banhar.

— Bandeiras vermelhas sinalizam que naquela região há fortes correntes de retorno, onde não é indicado a presença de banhistas, principalmente de crianças. Mas se a bandeira for verde, quer dizer que o mar está tranquilo — explica o socorrista.

Mas as bandeiras que não são fixas. Torres conta que essa mesma vistoria é feita em outros momentos do dia, de modo que eventualmente as bandeiras podem ser retiradas de um lugar e serem colocadas em outro. Por isso, quem frequenta a praia em diferentes horários do dia devem ficar atento a essas sinalizações.

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— Um local que inicialmente foi considerado tranquilo para banho de manhã, à tarde poderá estar sinalizado com a bandeira vermelha, porque as condições mudaram no decorrer do dia.

Samuel também atenta para embarcações no mar, como o jet-ski, que deve manter distância segura dos banhistas. A legislação, segundo ele, prevê tráfego 200 metros depois da praia após a quebra da primeira onda.

Também já houve casos em que a pipa de kitesurf caiu em cima de guarda-sol, machucando pessoas que estavam na areia.

— Para evitar acidentes como este, aqui a gente já estabeleceu a "zona kite", um local afastado dos banhistas, onde as pessoas podem praticar esse esporte sem correr o risco de machucar alguém — aconselha.

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Praias da Capital oferecem pulseiras de identificação para crianças

Para quem costuma levar os filhos para a beira do mar, Samuel Torres ressalta a importância de mantê-los sempre por perto. Ao longo da temporada estão sendo oferecidas nas praias de Florianópolis pulseiras de identificação contendo nome da criança e o telefone dos pais para que nenhum pequeno se perca de seus familiares.

— Basta ir até um dos postos salva-vidas e solicitar a pulseirinha gratuitamente — conta.

Além disso, Torres recorda que o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina mantém o projeto Golfinho, aberto ao público, em diferentes praias do Estado. Nesse programa, crianças recebem orientações básicas de segurança para que possam aproveitar a estação mais quente do ano sem enfrentar nenhum risco.

Para piscinas particulares, a orientação é isolar a área com cercas para restringir acesso de crianças desacompanhadas. Além disso, é fundamental contar com ralos anti sucção, por conta do risco de acidente em contato com cabelos e roupas, e bombas com interrupção de funcionamento automático ou, então, manual com botão de emergência.

Cachoeira e piscina também estão entre as escolhas nos veranistas

Para os que não curtem muito a água salgada, cachoeira e piscina costumam ser as opções escolhidas para os dias mais quentes. O cuidado nesses locais, entretanto, precisa ser ainda maior. No caso das cachoeiras, que geralmente são locais abertos ao público, é preciso ter atenção às áreas de acesso, já que esses locais não contam com a presença de profissionais para resgate.

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— Não é recomendável chegar perto da cachoeira, na queda da água, pois a profundidade costuma ser maior nesses locais. Além disso, essas partes costumam ter pedras com limo em cima, que escorregam, e podem acabar resultando em afogamento — orienta o guarda-vidas.

No caso das piscinas, o major do Corpo de Bombeiros Tulio Tartari Zanin afirma que a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático faz recomendações importantes para torná-la um local seguro para todos, principalmente para os pequenos. Seja em casa, no clube ou em parque aquático, é fundamental estar sempre atento. É indicado sempre optar por espaços que ofereçam guardiões de piscina.

— Deixe o celular de lado. Mantenha-se vigilante com seu filho 100% do tempo na distância de um braço se for uma criança pequena. Ao se e deparar com um afogamento, deve-se jogar um material flutuante na água e acionar o guarda-vidas ou, na ausência deste profissional, ligar para o 193 — indica.