A cuidadora que maltratou uma deficiente mental de 42 anos em Rio Negrinho foi presa preventivamente na tarde desta sexta-feira. Ela está sendo encaminhada ao Presídio Regional de Mafra. Segundo o delegado Thiago Freitas Nogueira, a prisão foi decretada com a intenção de garantir a ordem pública.
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A mulher foi indiciada na quarta-feira por tortura qualificada pelas lesões corporais graves provocadas na vítima e pelo fato de se tratar de uma pessoa com deficiência mental que não tem capacidade de defesa. No inquérito policial, o delegado também considerou uma lesão corporal provocada na irmã gêmea da vítima que também possui deficiência mental grave.
O caso veio a tona quando a família das irmãs gêmeas Alaudi e Alauci _ que ficavam sob a supervisão da mulher durante as manhãs _ instalou câmeras escondidas pela casa. A desconfiança surgiu depois que a família encontrou hematomas em várias partes do corpo de Alaudi. Marcas também foram encontradas no corpo de Alauci, porém não com tanta evidência.
De acordo com os familiares, a cuidadora foi questionada sobre os machucados antes de ter sido gravada, mas ela negou que tenha sido responsável pelas marcas.
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Foi quando a família decidiu gravar o trabalho da mulher, que era responsável por cuidar da higiene e da alimentação das gêmeas. As gravações ocorreram entre os dias 5 e 8 deste mês. Apenas Alaudi aparece nas filmagens sofrendo agressões.
Nas imagens, Alaudi aparece sentada na sala quando a cuidadora empurra a cabeça dela com violência. Segundos depois, a mulher volta com uma vara e parece fazer ameaças. O vídeo também mostra a cuidadora pressionando o cobertor contra o pescoço de Alaudi. Em outro momento, ela coloca uma vara dentro da boca da vítima.
– Imagina tudo o que elas passaram. Elas não sabem se defender, a única defesa é chorar – lamentou a sobrinha das vítimas, Gisele Drechsler, 36 anos.
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Em entrevista à RBS TV esta semana, a cuidadora negou que tenha agido com violência. Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência por supostas agressões que sofreu da família da vítima no dia em que foi chamada para explicar a situação.
– Eu não coloquei a vara dentro da boca dela, eu só encostei porque ela estava chorando demais, gritando e fazendo manha. Sobre o remédio, ela não abre a boca então tem que forçar – defendeu.
Confira o vídeo das câmeras de segurança: