Uma nova descoberta pode mudar a forma como consumimos pão, principalmente antes de dirigir. Um estudo publicado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) demonstrou que o teor alcoolico em algumas marcas de pães industrializados está acima do recomendado. Em alguns casos, algumas marcas podem manter um nível etílico suficiente para ser pego em teste de bafômetro.
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Continue a leitura para entender como é processo de fabricação do pão, e os motivos de algumas marcas apresentarem um maior teor álcoolico do que o recomendado. Confira também os parâmetros de álcool do bafômetro e quais as marcas que ultrapassarem esse limite da legislação brasileira.
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Por que os pães têm álcool?
O pão tem um baixo teor alcoólico, já que a fermentação, assim como todo processo envolvendo fermento, gera pelo menos um pouquinho de álcool.
De acordo com o site inglês Impossibrew, a fermentação, parte que cria o álcool, é imprescindível na produção de um pão, porque é o momento onde o fermento e suas bactérias transformam os açúcares em dióxido de carbono, justamente o que faz a massa crua crescer.
Contudo, a maioria do álcool produzido pelo pão acaba se evaporando na hora de assar. Tornando o nível geralmente muito baixo e quase imperceptível. Por isso, a descoberta da Proteste acende um alerta sobre algumas marcas bo Brasil.
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Marcas de pão com teor de álcool maior que o limite
Na última quarta-feira (10), a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor divulgou uma pesquisa sobre o teor alcoólico de algumas marcas de pão. Nesta pesquisa, a Proteste indica que o álcool presente nos pães não tem origem na fermentação, mas, na aplicação de um antimofo diluído em álcool e usado para aumentar a durabilidade do pão.
Essas foram as marcas que tiveram um teor mais alto que a margem do Conatran com as seguintes porcentagens de álcool por produto analisado:
- Visconti: 3,37%
- Bauducco: 1,17%
- Wickbold 5 zeros: 0,89%
- Wickbold SG: 0,66%
- Wickbold Leve: 0,52%
- Panco: 0,51%
- Seven Boys: 0,50%
- Wickbold: 0,35%
- Plus Vita: 0,16%
- Pulmann: 0,05%
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A Proteste se posicionou também dizendo que enviará o relatório para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para sugerir a criação de limites para o teor alcóolico na fabricação de pães.
Ao serem procuradas por diversos portais de notícias, como G1, Folha de São Paulo e Correio Braziliense, as marcas se defenderam dizendo que seguem todos os parâmetros de fabricação estabelecidos.
Qual o limite da legislação para o bafômetro?
Antes de irmos para o estudo que relacionou alguns pães com testes do bafômetro, vamos esclarecer qual a tolerância da legislação brasileira no teste etílico. Conforme o Conselho Nacional de Trânsito determina uma margem de 0,04 miligramas de álcool por litro de sangue. De acordo com a resolução 432/2013. A partir de 0,05 mg/l, o condutor parado em uma blitz já pode ser enquadrado no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
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