Às vésperas da chegada da presidente Dilma Rousseff a Cuba, o presidente Raúl Castro defendeu ontem, na primeira Conferência Nacional do Partido Comunista do ano, em Havana, a manutenção do partido único no país como alternativa de evitar a ingerência dos Estados Unidos e aliados na região. Também apoiou o limite de 10 anos para os mandatos dos dirigentes políticos cubanos.
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A média de idade elevada entre os dirigentes políticos em Cuba é um dos fatos que preocupam Raúl Castro. Dos 15 membros do comitê político, eleito em abril de 2011, apenas três têm menos de 65 anos. O Partido Comunista de Cuba tem mais de 800 mil integrantes. É a única força política do país, que tem pouco mais de 11 milhões de habitantes.
O presidente cubano acrescentou ainda que o esforço do governo é para combater a corrupção que ele definiu como um “dos principais inimigos da revolução cubana”. A defesa da manutenção do partido único foi defendida sob o argumento de que a legalização de outras legendas pode gerar o que classificou de “partidos do imperialismo”.
A presidente Dilma Rousseff viaja nesta segunda para Havana, Cuba, onde fica até amanhã, depois segue para Porto Príncipe, no Haiti. É a primeira visita dela aos dois países. Em meio às discussões de abertura econômica e cobranças sobre direitos humanos, Dilma quer concentrar as conversas no apoio do Brasil para a ampliação de parcerias e acordos bilaterais com o governo do presidente cubano.
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