O governo cubano estaria pressionando profissionais do Mais Médicos para que seus familiares que estejam no Brasil voltem imediatamente à ilha. Caso não obedeçam, os médicos poderiam ser substituídos por outros, que já estariam selecionados, aguardando vaga. A informação foi publicada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.

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O principal argumento do país seria de que, no contrato entre Cuba os médicos, não estaria prevista a moradia dos familiares no Brasil – que poderiam apenas visitar os profissionais. O contrato, no entanto, não estipula prazo para as visitas, permitindo que se estendam.

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O governo brasileiro concede aos familiares dos médicos cubanos visto de permanência de 36 meses – mesmo tempo dado a eles. A presença de cônjuges e filhos no Brasil, na prática, facilita a fixação desses médicos cubanos no país, agravando os riscos de fuga de uma mão-de-obra qualificada, que gera dinheiro para a ilha.

A pressão para o retorno dos parentes estaria sendo feita diretamente pela vice-ministra da Saúde de Cuba, Estela Cristina Morales e seus interlocutores. A informação foi confirmada pela Folha com oito médicos cubanos e dois supervisores do Mais Médicos.

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