As autoridades cubanas entregaram na terça-feira aos Estados Unidos um cidadão desse país solicitado pela Justiça, e sobre o qual pesava uma ordem de captura da Interpol, informou a Chancelaria local nesta quarta-feira (7).

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O homem, cuja identidade não foi revelada, era solicitado “por crimes graves lá cometidos” e entrou em Cuba em 28 de outubro.

“Esta ação se baseia no cumprimento rigoroso por parte de Cuba de suas obrigações jurídicas internacionais e dos acordos bilaterais existentes com os Estados Unidos em matéria de cumprimento e aplicação da lei, e da cooperação que ambos os governos desenvolvem nesta frente”, assinalou o comunicado.

Um texto da Promotoria do condado de Essex, em Nova Jersey, entregue à AFP, identificou o homem como James R. Ray III, de 55 anos, procurado por acusações de assassinato de sua parceira Angela M Bledsoe, de 44 anos.

“O acusado foi detido em Cuba antes que pudesse passar pela alfândega. Trabalhando com nossos sócios federais e internacionais encarregados de fazer a lei ser cumprida, pudemos identificá-lo como nosso suspeito e acertar sua volta para Nova Jersey. Retornou ao estado ontem à noite”, disse o promotor interino Theodore Stephens, citado no texto.

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Ray convivia com a sua vítima em Montclair e tinha uma filha com ela.

O caso mais recente de cooperação judicial entre os dois países foi registrado em agosto, quando Cuba entregou outro cidadão solicitado “pela Justiça de seu país por crimes cometidos lá e sobre o qual também pesa uma ordem de captura da Interpol”, segundo um comunicado oficial de 10 de agosto.

A cooperação judicial e em outras esferas entre Cuba e Estados Unidos foi formalizada depois do degelo entre os dois países inimigos da Guerra Fria, que restabeleceram relações em 2015 após mais de meio século de ruptura.

Embora a atual administração de Donald Trump tenha intensificado o embargo e a retórica política contra a ilha, a cooperação continua em vários aspectos.

* AFP