Diante da aproximação do potente furacão Irma, a Defesa Civil cubana decretou situação de Alarme, nível máximo preventivo, em sete das quinze províncias da ilha, onde dez mil turistas estrangeiros foram evacuados.
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Em sua Nota Informativa Nº3, o Estado Maior da Defesa Civil ordenou fase de “alarme” para “Santiago de Cuba, Granma, Holguín, Las Tunas, Camagüey e Ciego de Ávila”, todas no leste e no centro da ilha.
A “fase de alarme” proíbe a circulação desnecessária de veículos e pessoas, o desligamento preventivo do serviço de eletricidade, exige que as pessoas estejam constantemente informadas, e põem em alerta a brigadas de socorristas e serviços médicos.
Estão em “fase de alerta” as províncias centrais de Villa Clara, Sancti Spiritus e Cienfuegos, e a ocidental de Matanzas.
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Devem se manter em “Fase informativa” Havana, com seus dois milhões de habitantes, e as pequenas províncias de Mayabeque e Artemisa.
Em Baracoa, no extremo leste de Cuba, já começam a se sentir as primeiras ondulações, provocadas pelo furacão. Trata-se da primeira cidade fundada em Cuba e uma das mais antigas da América.
Após ter sido castigada duramente pelo furacão Matthew em outubro do ano passado, o Conselho de Defesa local teve que transferir todos os moradores de seus 24 km de baixo litoral, que sofrem com cheias de marés e inundações.
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“Até o momento do informe, 23.214 baracoenses já estão protegidos, entre eles 179 em centros de evacuação, 16.225 em residências, 6.751 em búnqueres e 58 em outras instituições”, reportou a Rádio Baracoa.
Um total de 39 búnqueres estão habilitados com serviços básicos e as condições higiênicas para acolher os refugiados.
Nas zonas turísticas mais ameaçadas, praias e ‘keys’ (ilhas) da costa norte central e oriental de Cuba, milhares de turistas estrangeiros foram evacuados, anunciou o ministério do Turismo.
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Nos ‘keys’ Coco, Guillermo e Santa María, conhecidos pelas lindas praias de areia branca e água azul turquesa, mais de 6.000 turistas foram evacuados ao balneário de Varadero e Havana, situados fora da zona de perigo, segundo a provável trajetória do furacão.
Na província de Camagüey (leste), mais de 2.400 turistas foram transferidos a instalações no interior da ilha.
“Os visitantes, na maioria canadenses, que representam 60% do total, têm proteção absoluta e se concentram em locais estabelecidos para prever danos após a passagem do fenômeno”, disse o ministro do Turismo, Manuel Marrero,.
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O ministro detalhou que “fica fechada a entrada de visitantes nas áreas vulneráveis do país”.
Nos últimos dias, alguns operadores turísticos canadenses repatriaram parte de seus clientes, acrescentou o ministro.
O furacão Irma, de categoria 5, a máxima da escala Saffir-Simpson, atualmente margeia a ilha Espanhola, que Haiti e República Dominicana compartilham, e se aproximará de Cuba na madrugada de sexta-feira.
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Segundo as previsões do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o olho de Irma não deve tocar terra em Cuba, a maior ilha do Caribe.
* AFP