Cuba elogiou a decisão da União Europeia (UE) de revogar a Posição Comum sobre Cuba, que vinculava sua cooperação a avanços em matéria de direitos humanos na ilha, uma decisão que entrará em vigor no dia 12 de dezembro.

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“Para Cuba, era imperativo que tal vestígio do passado, contrário às bases de igualdade, reciprocidade e respeito, sobre as quais se alicerçam as relações com a União Europeia desde 2008, fosse completamente abolido”, declarou o vice-chanceler Abelardo Moreno em um comunicado divulgado pelo ministério das Relações Exteriores.

O governo de Raúl Castro lembrou que sempre rejeitou a Posição Comum por “seu caráter de ingerência, seletivo e discriminatório”.

“Esta política unilateral tinha sido superada de fato, como evidenciado pela evolução positiva nos últimos anos dos vínculos de Cuba com a União Europeia e os seus Estados-Membros”, acrescentou.

Com a revogação, a UE aprovou a assinatura de um Acordo de Diálogo Político e Cooperação com a ilha no dia 12 de dezembro em Bruxelas na presença do chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

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A assinatura deste pacto diplomático e comercial com Cuba, o único país latino-americano sem acordo de associação ou de cooperação com a UE, será realizada menos de um mês depois da morte do líder cubano Fidel Castro.

Seu irmão Raúl, à frente do país desde 2006, realiza uma cautelosa e lenta abertura ao trabalho privado e ao investimento estrangeiro, e restabeleceu no ano passado as relações diplomáticas com os Estados Unidos.

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