O governo de Cuba concedeu indulto a 3.522 presos, o maior número desde a revolução de 1959, como gesto de boa vontade pela visita em breve do papa Francisco à ilha, informa o jornal oficial Granma. A decisão se tornará efetiva em 72 horas.

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“O Conselho de Estado da República de Cuba (principal órgão do governo), por ocasião da visita de Sua Santidade, o papa Francisco, e assim como aconteceu quando nos visitaram os Sumos Pontífices João Paulo II e Bento XVI, acordou indultar 3.522 sancionados, levando em consideração a natureza dos fatos pelos quais foram condenados, seu comportamento na prisão, o tempo de cumprimento da sanção e razões de saúde”, afirma a publicação.

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“Entre os indultados se destacam pessoas com mais de 60 anos de idade, jovens com menos de 20 anos sem antecedentes penais, enfermos crônicos, mulheres, vários que se aproximavam do prazo estabelecido para a liberdade condicional no ano de 2016 (…), assim como estrangeiros, desde que o país de origem garanta a repatriação”, completa o Granma.

Em 28 de dezembro de 2011, o governo de Raúl Castro anunciou o indulto de 2.991 presos em razão da visita do papa Bento XVI, que aconteceu em março de 2012 – dez vezes mais do que o número de pessoas libertadas por Fidel Castro um mês depois da visita de João Paulo II, em janeiro de 1998.

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O episódio ocorrido há quase quatro anos havia sido a maior libertação de detentos desde a revolução de 1959, que levou ao poder Fidel Castro, substituído por razões de saúde pelo irmão Raúl em 2006.

No último mês de janeiro, como gesto de boa vontade após a histórica aproximação com os Estados Unidos, anunciada em 17 de dezembro de 2014, o governo comunista cubano indultou 53 detentos que Washington considerava “presos políticos”.

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* AFP