As semelhanças técnicas entre Botafogo e Cruzeiro, neste Brasileirão, não são (nem de longe), vistas no campo financeiro. Nesta quarta-feira, a partir das 21h50min, no Mineirão, o líder da competição, que gastou cerca de R$ 40 milhões em contratações, e o segundo colocado, que desembolsou apenas R$ 1 milhão por Henrique (atualmente na reserva), se enfrentam em uma espécie de “final antecipada”.

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De um lado, nomes como Dedé, Everton Ribeiro, Julio Baptista e Willian, que não foram nada baratos para a Raposa e têm status de top de linha. Do outro, Bolívar, André Bahia, Elias e Hyuri foram contratados de graça, como apostas, e hoje têm grande valor para o Glorioso. Visivelmente confiante no próprio potencial, o camisa 39 Elias garantiu que, quando a bola rolar, isso será esquecido:

– Não faz diferença nenhuma, vocês podem ter certeza. Eles têm a questão financeira deles e estão de parabéns por isso. E nós temos a nossa. A situação financeira está até melhorando aqui no Botafogo, com os salários sendo pagos em dia, mas isso será ignorado em campo. Temos grandes jogadores e tenho certeza de que temos tudo para fazer uma grande partida.

Vale lembrar que, além da saúde financeira precária desde o começo do ano, o Botafogo ainda viu o Engenhão ser interditado em março. Dali em diante, conviveu com salários atrasados, penhoras na Justiça e venda de jogadores importantes por valores baixos. Já o Cruzeiro vem trabalhando em parceria com alguns grupos de investidores e empresários desde o ano passado para montar o elenco atual.

– O investimento certo é o comprometimento de todos e o equilíbrio de todas as partes dentro do clube. Assim, com certeza, você terá grandes chances de colher frutos bons e isso é o que a gente já viu em outras equipes também – afirmou o capitão cruzeirense, Fábio.

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Dentro de campo, como costumam dizer os especialistas do futebol, são 11 contra 11, mesmo que uns sejam mais caros do que outros.