A intensificação dos combates em Taez, sudoeste do Iêmen, mergulhou a cidade no caos, com hospitais fechados e uma grave falta de remédio, comida, água e combustível – alertou a Cruz Vermelha nesta quinta-feira.
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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) disse que o recrudescimento dos combates em Taez impede a chegada de materiais essenciais à cidade, a qual permanece sob controle das forças aliadas do presidente Abedrabbo Mansour Hadi.
“A situação em Taez é particularmente grave (…) com o fechamento de quase metade dos hospitais e com filas de feridos desesperados por atendimento”, afirmou o chefe da delegação do CICR no Iêmen, Antoine Grand, em um comunicado.
“Há cinco semanas que pedimos às partes envolvidas que autorizem a entrega de medicamentos de emergência ao hospital Al-Thawra, mas nada chegou até aqui”, disse ele, esclarecendo que esse material é “indispensável para poder salvar vidas”.
Pelo menos 22 civis foram mortos, e mais de 140 ficaram feridos, na quarta-feira, com lançamentos de foguetes sobre Taez, terceira cidade do Iêmen. O ataque foi atribuído aos rebeldes xiitas por uma autoridade militar pró-governo.
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Os foguetes do tipo Katyucha foram lançados por rebeldes huthis e seus aliados nas Forças Armadas do ex-presidente Ali Abdallah Saleh, tendo setores do centro de Taez como alvo, disse essa fonte consultada pela AFP, que pediu para não ser identificada.
“Estamos muito preocupados não apenas devido às restrições impostas à entrega dos bens essenciais ao Iêmen, mas também com o movimento desses bens dentro do país”, disse Grand.
“Hoje, conseguimos distribuir comida e ajuda de primeira necessidade a pessoas deslocadas que estavam nos arredores de Taez, mas a entrada dos bens essenciais na cidade continua muito difícil, criando uma situação humanitária extremamente alarmante”, advertiu.
Cerca de 4.500 civis morreram desde o início de março na campanha contra os huthis realizada pela coalizão liderada pela Arábia Saudita.
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* AFP