Os resultados da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope, divulgada agora em fevereiro, sobre quais os problemas que devem ser atacados com prioridade no Brasil em 2014, não trouxeram qualquer surpresa. Em primeiro lugar na lista de deficiências estão os serviços de saúde. Metade da população brasileira elegeu esta área como a mais problemática e a que precisa de mudanças mais urgentes.

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É interessante notar que a saúde foi a prioridade tanto para os brasileiros que ganham até um salário mínimo (e que, portanto, dependem unicamente do SUS) quanto daqueles que têm uma renda familiar acima de 10 salários mínimos e que, presume-se, podem pagar um plano de saúde complementar. Ou seja: está ruim para todo mundo.

Sempre que preciso marcar uma consulta ou exame para mim ou para um familiar pelo plano de saúde e tenho dificuldades para conseguir, fico imaginando a agonia de quem não tem outra solução a não ser esperar pelo serviço público. Acredito sim na qualidade dos serviços prestados. O problema é conseguir ter acesso a eles. Não à toa seguidamente noticiamos casos de pessoas que morreram esperando atendimento. Saúde deveria estar sempre em primeiro lugar na pauta dos governos.

Em segundo lugar na lista de prioridades aparece o combate à violência e à criminalidade, seguidos de melhorias na educação. Como se vê, problemas graves não faltam. O que precisamos é de gente realmente disposta a resolvê-los.

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