Achei muito acertadas e bem colocadas as palavras do reitor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Gildo Volpato, durante um curso de capacitação para professores. Nesta época em que a autoridade dos pais e dos mestres vem sendo tão discutida – e, acredito eu, sendo extremamente necessária para a formação dos jovens – vale a pena repetir aqui na coluna alguns dos pensamentos do reitor.

Continua depois da publicidade

****

O tema do encontro era Refletindo sobre os saberes e a autoridade do professor. Para Volpato:

– O lugar de professor é um lugar de autoridade, mas o lugar de autoridade não se sustenta por si só. Ele se sustenta pelo que é feito deste lugar, ou seja, deve ser recolocado todos os dias pela presença do professor, pela sua coerência, pela ética, pelo exemplo, pela palavra, pelo compromisso com a aprendizagem dos alunos.

****

Continua depois da publicidade

Em outras palavras, ele salientou que a autoridade do professor em sala de aula é boa e necessária, mas ela não deve ser imposta à base do medo.

– Esta autoridade é um poder, porém, quando as pessoas não conseguem dar conta, utilizam o poder como forma de autoritarismo para se sustentar – diz o reitor.

E é verdade.

Quem já não teve um professor carrasco, daqueles que a gente tinha até medo de levantar o dedo e pedir a palavra na sala de aula? Eu tive alguns, e não guardo boas lembranças. Isso não é autoridade. É autoritarismo, e não combina com educação.