Nunca tinha chegado tão longe até sediar a Copa do Mundo. Impulsionada pelos torcedores, a anfitriã Rússia enfrenta a talentosa geração da Croácia de Luka Modric, neste sábado em Sochi, em busca de vaga nas semifinais.
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Os croatas querem superar os ídolos de 1998, que terminaram na terceira colocação da Copa da França. Mas a Rússia tem a oportunidade de ouro para continuar surpreendente e se colocar entre os quatro melhores da competição.
“Respeitamos a geração de 98. São o time croata mais exitoso até agora, colocaram um nível tão alto que ninguém conseguiu superá-los em 20 anos”, afirmou o zagueiro Dejan Lovren. “Ainda assim, o time de agora é muito bom e temos a oportunidade de melhorar”, acrescentou.
– Líder –
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Para isso, a Croácia se apoia nas grandes atuações na fase de grupos, especialmente na vitória sobre a Argentina de Lionel Messi (3-0). E Modric, camisa 10 da equipe e craque do Real Madrid, é peça fundamental para continuar o crescimento na competição.
“Luka Modric é nosso capitão e nosso líder. Mostrou grande responsabilidade e valentia depois de perder o pênalti (contra a Dinamarca), voltando a bater na disputa por pênaltis e marcando”, valorizou o técnico Zlatko Dalic.
“Isso demonstra sua classe mundial e a diferença entre um jogador normal e Luka, porque não foi fácil para ele”, ressaltou.
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Não será fácil para a Croácia derrubar o murro russo, que demonstrou eficiência diante da favorita Espanha. No final, a campeã mundial foi eliminada pela anfitriã nas oitavas de final, após disputa por pênaltis.
Até o presidente Vladimir Putin ligou para o técnico Stanislav Cherchesov para desejar sorte, mas o time “já tinha conseguido o impossível, superar a fase de grupos”, informou o Kremlin.
Nunca desde a dissolução da União Soviética a Rússia tinha superado a fase de grupos. Agora o país está eufórico para tentar a vaga nas semifinais.
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“Vladimir Putin me ligou, antes da Espanha e depois”, admitiu nesta sexta-feira o técnico Stanislav Cherchesov. “Quando o presidente dá seu apoio, isso nos dá confiança e os jogadores sentem. É uma motivação extra para nós”, acrescentou.
– Surpresa –
Apesar de chegar à Copa do Mundo como a pior seleção no ranking da Fifa, após oito meses sem vencer, a anfitriã surpreendeu com vitórias sobre Arábia Saudita (5-0), Egito (3-1) e perdeu para o Uruguai (3-0).
A maior conquista, no entanto, aconteceu nas oitavas de final contra a campeã mundial de 2010, vencendo nos pênaltis por 4-3 após empate em 1 a 1. O goleiro Igor Akinfeev defendeu duas penalidades e levou o estádio Luzhniki de Moscou ao delírio.
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Mas os anfitriões querem controlar o entusiasmo antes do jogo mais importante.
“As pessoas podem estar eufóricas, mas a equipe não deve. O torneio continua e um time que era um dos melhores, a Espanha, já fez as malas e foi para casa. Amanhã é preciso começar no máximo desde os primeiros segundos”, lembrou Cherchesov.
* AFP