O Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina anunciou na sexta-feira que abriu uma sindicância para investigar as denúncias de estupro contra o médico blumenauense Antônio Gimenez Trevisan. Ele foi preso temporariamente na tarde de quinta-feira por supostamente cometer estupro em duas pacientes que procuraram a Polícia Civil na semana passada. A prisão ocorreu no consultório particular do médico, na Rua Luiz de Freitas Melro, Centro de Blumenau. Durante as manhãs, o médico atendia em um dos ambulatórios gerais do município.

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De acordo com a assessoria de imprensa do CRM, o órgão foi notificado ontem pela prefeitura de Blumenau a respeito da denúncia feita por uma das vítimas à Ouvidoria do município. A notícia da prisão também foi anexada à documentação, como fato público para reforçar a necessidade de uma investigação interna.

Na sexta-feira, o delegado responsável pelo caso, Henrique Stodieck, informou que uma terceira vítima procurou a Polícia Civil para denunciar o médico. Segundo ele, os abusos contra esta mulher teriam acontecido há cerca de cinco anos.

O advogado de Trevisan, Honório Nichelatti Júnior, afirmou que está acompanhando todas as movimentações do inquérito e se disse surpreso positivamente com as manifestações favoráveis que teriam chegado ao conhecimento do médico, por meio de pacientes que teriam procurado inclusive a delegacia para prestar apoio a Trevisan. A manifestação do médico é de total e absoluta inocência em relação aos fatos relatados. Com relação à sindicância do CRM, o advogado afirmou que irá aguardar a manifestação administrativa do conselho para posterior análise.

Consultas serão remarcadas

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A Secretaria de Blumenau emitiu nota sexta-feira afirmando que as consultas com pacientes que tinham horários agendados com o médico no ambulatório geral serão remarcadas com outros profissionais em unidades do município e que está apurando internamente a denúncia feita à Ouvidoria. O caso corre em sigilo e ainda não se sabe quais procedimentos serão adotados em relação ao caso. (Com informações de Osvaldo Sagaz, da RBS TV)