Com um tumor maligno na tireoide, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de 58 anos, ficará afastada das funções públicas da próxima semana até o dia 24 de janeiro. Ela foi reeleita há dois meses para o segundo mandato. O vice-presidente argentino, Amado Boudou, assumirá o cargo.

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No próximo dia 4, Cristina Kirchner será submetida a uma cirurgia para a retirada do tumor, localizado no lobo direito da glândula tireoide, no Hospital Austral, em Buenos Aires, capital argentina. O secretário de Comunicação Pública da Presidência da República da Argentina, Alfredo Scoccimarro, disse que os exames preliminares feitos nesta terça-feira mostram que não há metástase (contaminação de outros órgãos) pelo câncer nem comprometimento nos vasos linfáticos.

De acordo com Scoccimarro, Cristina Kirchner ficará em convalescença, após a cirurgia da semana que vem, por 72 horas. Mas, por ordens médicas, ela se afastará das atividades públicas por pelo menos 20 dias.

A cirurgia vai ser feita pelo médico Peter Sack e por sua equipe. Sack é chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital Austral e responsável pelo Departamento de Cabeça e Pescoço do Instituto de Oncologia Doutor Roffo Anjo.

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Localizada no pescoço, a glândula da tireoide é a responsável pela produção de hormônios que regulam a taxa do metabolismo. O hipertireoidismo (tireoide muito ativa) e hipotireoidismo (tireoide pouco ativa) são os problemas mais comuns nesta glândula.

O câncer detectado na presidente argentina é o quinto caso envolvendo chefes de Estado da América Latina. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff se curou de um linfoma, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz tratamento contra um tumor na laringe. Na Venezuela, o presidente Hugo Chávez faz quimioterapia contra um câncer que começou com um tumor na região pélvica. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, fez sessões de quimioterapia em São Paulo e também em Assunção para tratar de um linfoma.