Políticos brasileiros prestaram solidariedade à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por ter sido vítima de um atentado armado na noite desta quinta-feira (1º). Quase todos os presidenciáveis haviam se manifestado pelas redes sociais até o fim da manhã desta sexta (2), com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL). Já durante a tarde, em agenda de campanha no Rio Grande do Sul, ele abordou o caso.

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— Eu já mandei uma notinha. Eu lamento. Agora, quando eu levei a facada, teve gente que vibrou por aí. Lamento, já tem gente que quer botar na minha conta já esse problema. E o agressor ali, ainda bem que não sabia mexer com arma. Se soubesse, teria sucesso no intento — afirmou Bolsonaro, conforme publicou o g1.

Ainda na noite de quinta, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que o caso foi motivado por ódio político e que Kirchner, de quem já é um antigo aliado, merecia respeito de todo democrata. “Graças a Deus ela escapou ilesa”, escreveu o candidato à Presidência nas redes sociais.

Na ocasião do ataque, que foi registrado em vídeo por uma multidão que acompanhava a chegada de Cristina a sua casa em Buenos Aires, no bairro da Recoleta, o atirador parece apertar o gatilho de uma arma com ela apontada para o rosto da vice-presidente, mas a pistola teria falhado no momento do disparo do projétil.

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Ainda entre os presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB) também condenaram o episódio pelas redes sociais. “Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará”, publicou ele. “Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso”, escreveu a candidata no Twitter.

A presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) também tratou do ocorrido nas redes sociais. “Quando falo em reforçar a segurança, não é exagero. Não podemos subestimar do que o ódio é capaz”, escreveu a senadora. Mais à esquerda na corrida eleitoral, Leo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) também fizeram publicações de solidariedade.

Felipe D’Avila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) fecharam a lista de presidenciáveis que trataram do ataque. “Não há divergência ideológica que justifique ou normalize qualquer ato de violência”, escreveu ele. “Ações violentas para silenciar opositores políticos, ligadas à ultradireita e suas ameaças autoritárias, como tem ocorrido aqui e na Argentina, são inaceitáveis”, publicou a candidata.

Entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, apenas Décio Lima (PT) havia se manifestado até o início da manhã. “A intolerância e o ódio pelas divergências políticas precisam ter fim”, escreveu ele em publicação no Twitter.

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Em silêncio sobre o episódio até o início da tarde, o presidente Jair Bolsonaro iniciou o dia ativo em sua conta no Twitter, com publicações sobre cultura. Ele tem tido rusgas com o governo argentino ao longo de seu mandato. Na semana passada, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi chamado de ignorante por um ministro do país vizinho após ter defendido a aplicação de sanções pelos Estados Unidos à gestão de Kirchner.

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Veja o que políticos brasileiros publicaram sobre o atentado:

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