A presidente argentina Cristina Kirchner pediu nesta segunda-feira “a intervenção” do Papa Francisco, seu compatriota, na disputa entre o seu país e a Grã-Bretanha pela soberania das Ilhas Malvinas.

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– Eu pedi sua mediação para iniciar um diálogo entre as duas partes – declarou Kirchner à imprensa em Roma depois de se reunir e almoçar com o novo Papa, o ex-arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio.

Ela lembrou que o Papa João Paulo II também agiu como mediador entre o Chile e a Argentina para resolver tensões fronteiriças nas proximidades do canal de Beagle.

– Agora temos uma oportunidade histórica muito diferente, muito mais favorável -declarou a chefe de Estado, indicando que tanto a Grã-Bretanha como a Argentina são democracias, ao contrário da Argentina e Chile dos anos de 1970.

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– A Argentina é um país mais que pacífico e, portanto, o que queremos é o cumprimento das múltiplas resoluções das Nações Unidas, sentar para dialogar – insistiu Kirchner depois do “encontro informal” seguido de um almoço com o Papa Francisco.

Kirchner e Francisco tiveram um encontro informal e trocaram presentes. O Papa deu um beijo no rosto de Cristina, que depois comemorou dizendo nunca ter sido beijada por um papa antes. A presidente desembrulhou um kit completo para mate, com cuia, bomba e térmica, e recebeu uma peça de cerâmica decorada com a imagem da Basília de São Pedro.