A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada pela Justiça do país nesta terça-feira ( 6) a seis anos de prisão pela acusação de supostamente ter sido chefe de uma organização criminosa para desviar dinheiro do Estado. Apesar da condenação, Kirchner não vai ser presa por ter foro privilegiado. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Cristina Kirchner nega as acusações e afirma ser vítima de uma perseguição política. A pena máxima era de 12 anos de prisão.
Na Argentina, a vice-presidente também ocupa o cargo de presidente do Senado – que garante a ela foro privilegiado. Cristina vai exercer as funções até o fim da gestão do atual presidente, Alberto Fernández, com direito a uma candidatura de um terceiro mandato. Conforme o g1, Kirchner pode ser candidata, mesmo com uma condenação judicial de primeira instância.
Ela pode recorrer a sentença em outras instâncias da Justiça até chegar ao Supremo Tribunal Federal, no entanto, o processo ainda pode durar anos.
Continua depois da publicidade
Entenda o que pesa contra Cristina Kirchner na Justiça da Argentina
Além de Kirchner, outras 12 pessoas foram julgadas. Algumas delas são:
- Lázaro Báez, empresário;
- Julio de Vido, ex-ministro;
- José López, ex-secretário;
- Nelson Pieriotti, ex chefe do departamento de obras.
Até a condenação nesta terça, o precesso durou cerca de 3,5 anos.
Relembre a acusação
Cristina Kirchner é acusada de ter liderado uma “extraordinária matriz de corrupção” ao lado do marido, Néstor Kirchner (1950-2010), quando os dois governavam o país. O processo apura irregularidades na concessão de obras públicas.
VÍDEO: Cristina Kirchner sofre atentado por brasileiro na Argentina
O Ministério Público Fiscal argentino afirma ter comprovado a existência de uma associação ilícita, entre 2003 e 2015, que tinha no topo de seu funcionamento os chefes de Estado.
De acordo com a acusação, essa organização cometeu fraudes que tiraram cerca US$ 1 bilhão do Estado.
*Com informações do g1 e Folhapress.
Leia também
SC tem três prefeitos presos em megaoperação do Gaeco; veja quais são
Cortes milionários em universidades de SC impedem pagamentos de fornecedores e bolsistas