A pressão dos governadores era só questão de tempo. Estados chegaram ao final do ano sem orçamento para pagar os servidores e há falta de investimentos em áreas vitais, como segurança e saúde. Se observarmos o histórico de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal, por exemplo, há um ponto em comum: a situação atual é fruto de anos de gestões incompetentes. Mas o quadro também é agravado pela desaceleração da economia e, como consequência, queda na arrecadação.

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Os governadores pressionam, principalmente, para que a presidente Dilma honre a renegociação da dívida a partir de fevereiro. E o governo federal não pode mesmo fugir desse acordo, sob risco de perder a pouca credibilidade que tem. Ajuda ao setor da saúde, divisão da CPMF e mudança no cálculo do piso dos professores entram na lista, mas para serem discutidos ao longo de 2016. São assuntos que dependem do Congresso.

Dilma precisa do apoio político dos governadores, mas também não tem caixa. A União apresentou o pior resultado de suas contas nos últimos anos e nem sabe como arcar com as próprias despesas.

Viável

Os governadores aproveitaram para pedir ao Ministério da Fazenda a correção da tabela do SUS. Isso significa aumento de repasses para os hospitais, o que já reduz a demanda sobre o orçamento dos Estados. Uma ideia bem viável. O Ministério da Saúde já vem estudando a troca de incentivos aos hospitais pelo reajuste dos valores da tabela.

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Agilizar

Pronto para desembarcar em Uruguaiana no dia 6 de janeiro, o ministro da Integração, Gilberto Occhi, só manda um recado aos prefeitos das cidades atingidas pelas chuvas: que apareçam para a reunião com toda a documentação necessária. Será um encontro de trabalho, para agilizar as ações. A recomendação foi repassada ao presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador.

Preferido

Ao final da reunião, o governador José Ivo Sartori afirmou que o encontro foi bom e que o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) estava tranquilo. Outros governadores, no entanto, foram mais enfáticos: saíram dizendo que é melhor negociar com Barbosa do que com o ex-ministro Joaquim Levy.