A novela das empresas X é destaque na primeira página do jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira, 30 de outubro. Com o título “Magnata Batista luta para evitar maior calote da América Latina”, a reportagem diz que a “a dramática queda em desgraça” de Eike Batista“entrou em sua fase final na terça-feira, 29, e a petroleira OGX se aproxima do que poderia ser a maior quebra empresarial da América Latina”.
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Assinada pela repórter do FT em São Paulo Samantha Pearson, a reportagem informa que, após as tentativas frustradas de negociação com os credores, a empresa está prestes a apresentar o pedido de recuperação judicial. “Isso poderia dar tempo para a empresa tratar de reabrir as negociações com os credores sob o processo de recuperação e evitar um enfrentamento direto com o órgão regulador, que pode retirar as concessões de empresas insolventes”, diz a reportagem.
“As ações da OGX caíram mais de 90% este ano após a empresa não cumprir metas de produção e a suspensão do desenvolvimento de três poços produtores de petróleo”, explica o texto, afirmando que os investidores “que uma vez acreditaram que o empreendimento poderia se converter em uma versão privada da Petrobras” receberam um duro golpe com o fracasso da empreitada.
A reportagem reconhece que o Brasil avançou nos últimos anos na legislação para empresas com dificuldades financeiras. Apesar disso, a Lei de Falências tem aspectos que podem gerar problemas em um eventual processo com as empresas de Eike.
Um dos pontos apontados pelo FT é a permanência do controlador – no caso, de Eike Batista – no grupo que decide os rumos do grupo com problemas financeiros. Nos Estados Unidos, se uma companhia entra no chamado “Chapter 11”, os executivos que levaram a empresa aos problemas financeiros deixam o comando.
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Confira os altos e baixos da trajetória de Eike Batista