Em crise financeira e dificuldade de colocar as contas em dia, o Imperial Hospital de Caridade (IHC), de Florianópolis, tem realmente chance de ser fechado, segundo palavras do provedor Eduardo Dutra da Silva. Em entrevista o Notícia na Manhã, da CBN Diário, ele citou a gestão anterior como um dos problemas para a situação atual. Pedro Silva, ex-tesoureiro, rebateu as acusações.
Continua depois da publicidade
– A má administração em relação ao que fizeram nos anos anteriores nos deixou com essa bomba. Eu tentei, tentei e fui convidado por uma empresa de grande porte para que eles fizessem um estudo que teria interesse em fazer um arrendamento. Uma pessoa da gestão anterior, o tesoureiro, hoje tem na mão uma liminar que não consigo fazer um arrendamento – disse Eduardo.
Pedro Silva, ex-tesoureiro da gestão do Caridade que entregou a administração para o atual provedor, aponta que a divida duplicou após a saída do antigo grupo.
– Ele deveria ter dito que nos últimos três anos ele dobrou a dívida da Irmandade Senhor dos Passos. Quando a nossa gestão passou a gestão em 2017, e não era ele o provedor (Eduardo assumiu em junho de 2018), era de R$ 65 milhões e hoje é R$ 130 milhões. Ainda bem que ele admitiu que é amador na administração hospitalar – disparou pedro Silva.
> SC tem oito dos dez maiores arranha-céus da América do Sul
Continua depois da publicidade
O que queremos é arrendar para uma empresa forte, que vai pagar todas as despesas que o hospital tem num prazo de 30 anos, vai devolver os nossos 79 imóveis que estão presos em ações trabalhistas e diversas e ainda receber um percentual – Eduardo Dutra da Silva
Ele diz que eu roubei o contrato, né? No início do ano me falaram do arrendamento do Hospital de Caridade. O estatuto da Irmandade do Senhor dos Passos diz que ela tem a finalidade principal de ‘prestar serviços essenciais hospitalares àqueles que a ela recorrerem’. Se ela deixar de fazer isso a Irmandade será extinta – Pedro Silva