Cerca de 15 milhões de pessoas poderiam, nos próximos anos, virar pobres na América Latina e no Caribe por causa do aumento dos preços dos alimentos e do menor crescimento da região, afirmou nesta quinta a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
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Por ocasião do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, celebrado nesta sexta, a Comissão destacou em comunicado que, entre 2002 e 2007, a pobreza diminuiu de 44% a 35% na região.
No entanto, o organismo regional da ONU adverte de que as novas circunstâncias poderiam provocar um revés nesses avanços, com um retrocesso de um terço na redução da pobreza atingida, até chegar a cerca de 15 milhões de pessoas mais na pobreza.
A Cepal insiste em que esse retrocesso poderia ser evitado se os Governos, as organizações sociais e as comunidades agissem através da elaboração e execução de programas inovadores, como os que participam do concurso “Experiências em inovação social”.
Esse concurso, desenvolvido pela Cepal em colaboração com a Fundação Kellogg, apóia projetos capazes de gerar renda com modelos de desenvolvimento sustentável, como o iniciado pela ONG Veterimed no Haiti, o país mais pobre da região.
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No local foi constituída a empresa associativa Lét Agogo (leite em abundância), com a qual camponeses que viviam na extrema pobreza melhoraram sua renda graças ao aumento da produção de leite em um país que importa US$ 40 milhões em produtos lácteos por ano.
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