A crise financeira começou a afetar também jogadores e comissão técnica do Juventus. Depois da derrota para o Metropolitano por 2 a 1 – em que a equipe caiu da quinta para a sexta colocação geral do Catarinense – o técnico Pingo, que está há sete meses sem receber, cogitou abandonar o clube. O treinador participou de uma reunião no gabinete do prefeito Dieter Janssen, com representantes do governo e do legislativo. Mas não se chegou a uma solução de como o Executivo pode ajudar o Moleque Travesso.
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Com a insatisfação do treinador, parte dos jogadores, que estão há dois meses sem receber, também procurou a diretoria para rescindir contrato. Uma posição oficial deve ser divulgada nesta terça-feira (12), quando o presidente Jerri Luft fará uma reunião com atletas e comissão técnica.
Jerri disse que nada foi decidido na conversa de ontem e, se a ajuda não chegar o quanto antes, a diretoria não terá como segurar os atletas e o treinador.
– Estou há dois meses tentando achar uma solução. Agora, temos um novo problema, que é a manutenção do elenco. Vamos dar um posicionamento amanhã (terça) -, disse.
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Uma nova reunião com vereadores ocorreu na tarde desta segunda-feira (11), mas o resultado não tinha sido divulgado até o fechamento desta edição. Da iniciativa privada, a equipe recebe R$ 13 mil por mês. O dinheiro da bilheteria é retido por causa de uma dívida de R$ 3,6 milhões.
O prefeito Dieter Janssen admite que a Prefeitura tem interesse em ajudar, mas está com dificuldade de encontrar uma maneira de dar apoio.
– O Juventus não pode receber verba por causa das dívidas do clube e os vereadores estão verificando o valor e uma maneira dentro da legalidade – informa.
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O prefeito disse que ligou para dez empresários da cidade para que apoiem o projeto e os contatos foram o único jeito que encontrou para auxiliar o time de alguma maneira.
Dieter admitiu que a municipalização do Estádio João Marcatto é uma das hipóteses que estão sendo estudadas.
– A municipalização está sendo verificada pelo jurídico. A forma seria comprar o estádio para poder quitar a dívida do Juventus e colocar um ponto final dessa história, mas ainda é uma hipótese que tem de ser discutida com vereadores e comunidade – admite.
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Pingo ainda sem definição
O técnico Pingo está aguardando o posicionamento sobre o repasse público para definir sua situação com o clube. Ele negou que tenha negociado com outros times do Estado, apesar da especulação de que poderia retornar para o Joinville. No entanto, o treinador acredita que, se a situação continuar a mesma, não terá como segurar os jogadores e não sabe se terá atletas para entrar em campo contra o Camboriú no próximo domingo, no João Marcatto.
– Não tem como sustentar. Não teremos nem equipe para jogar, porque existem jogadores que estão recebendo propostas – avisa.
Caso o Juventus abandone a competição a Justiça Desportiva prevê o rebaixamento para a Terceira Divisão e a suspensão do clube pelo prazo de dois anos de qualquer competição oficial promovida pela Federação Catarinense de Futebol e da própria CBF.
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