O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, declarou hoje que a solução para o desequilíbrio cambial virá “naturalmente” se o governo federal investir em infraestrutura, promover a reforma tributária e reduzir a burocracia. Segundo ele, esse conjunto de fatores, em condições normais, fará com que a taxa de câmbio passe a ser secundária.
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Castro recomendou que o Brasil adote uma política externa que não seja voltada somente aos países emergentes ou menos desenvolvidos, mas que priorize também os países desenvolvidos, que compram de forma permanente, principalmente os Estados Unidos. Para ele, o dólar desvalorizado constitui o “calcanhar de Aquiles” das exportações brasileiras, mas considerou que o câmbio não é causa, mas a consequência dos problemas.
– O câmbio flutuante é uma conquista do setor exportador, do comércio exterior. Se o governo gastar menos, terá menor necessidade de recursos. Isso poderá reduzir a taxa Selic. Da mesma forma, a redução da Selic diminuirá o ingresso de capitais no Brasil – afirmou.