Cerca de 97% das indústrias brasileiras acham que serão afetadas de alguma forma pela crise financeira internacional. A consulta foi feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) junto a todos os segmentos da indústria de transformação. A pesquisa analisou de que forma – intensa, moderada ou suave – a crise internacional afetará o setor. A maioria (62%) acredita que será atingida de forma moderada, 21% de forma intensa e 14% de forma suave.
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Entre os segmentos com perspectivas negativas estão as indústrias de celulose e papel (em que 34% serão afetadas de forma intensa e 14% de forma suave), material de transporte (23% e 6%), mecânica (22% e 5%) e metalurgia (18% e 2%). No caso da indústria de produtos alimentares, há uma incidência superior à média de empresas prevendo um impacto intenso da crise internacional sobre os negócios (38%) mas há também um número considerável de empresas projetando um impacto suave (21%). Neste caso, as mais pessimistas são aquelas que produzem commodities agrícolas e exportam boa parte do que produzem. Os produtores de alimentos destinados prioritariamente ao mercado interno são os menos preocupados com os efeitos da crise.
Entre os segmentos com perspectivas menos pessimistas para os próximos meses destacam-se os produtores de bens não duráveis de consumo, como itens de perfumaria e higiene (1% e 36%), farmacêuticos (8% e 37%).
Entenda a crise
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