Um grupo que trazia vinho argentino de forma irregular para Santa Catarina é alvo de uma megaoperação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (2). Segundo a investigação, após chegar no Oeste do Estado, a mercadoria era escondida em feno, cargas de móveis e até mesmo papel higiênico, para que o produto fosse levado ao Litoral catarinense, Curitiba e São Paulo.
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Dezesseis mandados de busca e apreensão foram expedidos no âmbito da operação da Polícia Federal. Os alvos estão nas cidades de Guarujá do Sul, Palhoça, São José, Joinville e Curitiba. A ação ainda está em andamento.
A investigação de dois anos entendeu o modus operandi do grupo. Segundo a PF, um comerciante argentino da cidade de Bernardo de Irigoyen, na fronteira com o Brasil, fornecia vinho em grande quantidade por meio de transportadores de carga — conhecidos como puxadores. O produto não entrava no país de forma regular, o que configura o crime de descaminho
Ainda de acordo com a PF, o líder dos puxadores é um morador de Dionísio Cerqueira. Outras quatro pessoas, que residem em Guarujá do Sul, se encarregaram de ocultar as caixas de vinho para o transporte em direção ao destino final.
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Os investigados pelo descaminho já tinham sido alvo de operações similares da PF. Em 2019 foram apreendidos quatro caminhões e outros dois veículos com cerca de 2,3 mil caixas de vinho.
Nas buscas realizadas até agora foram apreendidas armas de fogo, documentos e uma grande quantidade de vinho. O total de garrafas achadas não foi divulgado.
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