Esse parece ser o grande desafio da inteligência policial acadêmica, na busca de segurança às nossas cidades. De dentro das prisões, os tidos como chefes da bandidagem ordenam ataques aos seus comandados soltos para que pratiquem atos de violência extrema, vitimando inocentes e destruindo patrimônio público e privado justificando os crimes pelas “injustiças” das revistas carcerárias, transferência de detentos, “apropriação indébita de armas e celulares”.

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Quem pratica, o faz sem retorno com elevado índice de riscos, inclusive aos seus e além do impacto social não consegue, com sua medieval e estúpida violência, fazer cessar as causas que deram origem a ação. A segurança pública bem que poderia se convencer que além de desorganizado, o crime é aleatório, de má índole, perverso e seus agentes devem ser enfrentados de forma ostensiva e repressiva, pois não se trata de ressocializar e sim de não capitular.

Fora das prisões, mesmo sem comando os criminosos agem com extrema liberdade, noite ou dia, armados e sem temor da exposição de gravações em câmeras de vigilância, pois sabem da fragilidade do sistema que não tem resposta tática para flagrar ou prevenir o ilícito e a violência, mas, ocasionalmente, apenas instruir um procedimento investigatório pós ilícito. Teriam motivos para se organizar frente a um sistema desorganizado?

Eles conhecem o lado do bem, sabem que nossos legisladores, em nome do social e não pelo social, continuarão editando legislações de vanguarda castrando o judiciário e oportunizando ao executivo a realização de políticas públicas minimizantes, fantasmagóricas e adequadamente orçamentárias. Esta desorganização social distante da verdade, coloca o aparato policial e as forças públicas marginalizadas frente a sociedade, quando, por exemplo, ao confrontar incendiários e terroristas vândalos, os agentes são crucificados por utilizarem munições alternativas defensivas.

O cidadão necessita do exercício constitucional e democrático de seus direitos de ir e voltar e não apenas de ir, não precisa debater sobre isso ou aquilo e muito menos se é organizado ou não o crime, criminosos e Estado.

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