Um crime premeditado, segundo a Polícia Civil, e que demonstra crueldade está sendo investigado em São Francisco do Sul. Mônica de Oliveira Amaral, 37 anos, foi assassinada no quintal de uma casa abandonada, no bairro Água Branca, com pelo menos 20 golpes de faca na noite de terça-feira. O principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, que não havia sido encontrado pela polícia até a noite de quarta-feira.

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Há pouco mais de três meses, Mônica voltou para São Francisco com um único objetivo: retomar a vida, arranjar um emprego e ficar com o filho de 16 anos. Por seis anos, ela morou com o companheiro, de 29 anos, na cidade de Santos.

– Um dia ela ligou para a família e pediu dinheiro para voltar a São Francisco. Mas ela nunca contou o por quê -, revelou uma prima da vítima.

De volta à cidade, arranjou emprego como despachante marítima.

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O companheiro, que continuou em Santos, não aceitava a separação.

– Ele mandava mensagens para ela o tempo todo por telefone e pela internet. Mas nunca chegou a ameaçá-la de morte -, diz a prima.

Ainda na terça, o suspeito teria enviado uma mensagem afirmando que levaria rosas para Mônica.

Por volta de 18 horas de terça, ele apareceu em frente ao trabalho da vítima com um buquê de rosas vermelhas. Ele a acompanhou até a Travessa Olaria, onde foi morta.

– Acho que Mônica queria conversar com ele, deixar clara a situação -, sugere.

Segundo a polícia, vizinhos confirmam que o ex-companheiro foi visto na casa em que Mônica morreu e gritos foram ouvidos no fim da tarde. Às 18h50, vizinhos encontraram o corpo de Mônica na residência. A faca usada no crime ainda estava no local.

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Polícia pede a prisão de ex-companheiro

A prisão preventiva do ex-companheiro de Mônica Amaral já foi pedida à Justiça pelo delegado responsável pelo caso, Ivan Brandt.

– Testemunhas afirmaram que ele chegou em São Francisco do Sul nos últimos dias e que foi visto na rua onde o crime ocorreu. A nossa primeira impressão é de que ele tenha envolvimento no caso -, afirma Brandt.

Um inquérito policial já foi instaurado e nesta quinta a Polícia Civil começará a ouvir depoimentos de vizinhos e familiares da vítima.

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– Tenho certeza que até sexta-feira vamos ter uma definição -, garante o delegado.

O medo da família é que o autor do crime não seja preso.

– Acho que ele está muito longe já -, lamentou a prima. O desejo dos parentes de Mônica é que o responsável pelo assassinato não fique impune.