O Criciúma Esporte Clube elege na semana que vem, dia 21, o presidente para a próxima gestão do clube. Depois de reações adversas sobre uma possível retificação da ata que elegeu Jaime Dal Farra em 2015, com o objetivo de mantê-lo à frente do clube sem a necessidade de nova eleição, o jurídico do clube resolver encerrar o assunto. Haverá eleição e as chapas interessadas têm dez dias para se inscrever para o pleito.

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Na manhã desta terça-feira, o assessor jurídico do Conselho Deliberativo do Criciúma, Edemar Soratto, esclareceu algumas informações à imprensa. Segundo ele, a intenção de reeleger Jaime automaticamente seria para blindar o clube de uma possível quebra de contrato, que poderia custar R$ 10 milhões em multa.

— Diante desse tumulto todo gerado, pressão de conselheiros, a mesa diretora conduziu os trabalhos e se os conselheiros entendem que é melhor uma eleição, assim será. O que é importante é deixar claros os riscos envolvidos de uma eventual eleição de uma chapa diferente desta apresentada pelo Jaime. Pode ter outra sim, o estatuto prevê, porém há um compromisso moral e contratual da garantia de um segundo mandato ao Jaime, então os conselheiros terão que pensar seriamente nos riscos que isso tem — explica.

Soratto reforçou que a decisão por um novo pleito é para dar tranquilidade e encerrar o assunto. Existem condições para sustentar a ata, segundo o advogado, mas o que se decidiu é que é preciso dar um ponto final no assunto.

— Se não fizer isso, lá em fevereiro alguém pode entrar na justiça para discutir. Aí, ao invés de discutir futebol, o futuro da gestão do clube, vamos ficar em cima de problemas estatutários, então é melhor o conselho acatar o pedido dos conselheiros e acabar com o assunto — pondera.

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Desde o último sábado, dia 8, Jaime Dal Farra não é mais o presidente do clube. Porém, contratos com jogadores e outros compromissos que precisam de aval do clube podem ser assinados por outras pessoas e não serão prejudicados, segundo Soratto. Proprietário da Gestão de Ativos (GA) do Criciúma, Jaime será um dos nomes na disputa por uma nova gestão do Criciúma.

— É direito dele (Jaime) e de qualquer associado montar uma chapa. Se ele não concorrer e for eleita outra chapa, teríamos um presidente do Criciúma e a GA, uma pessoa com amplos poderes para gerir o futebol. Teríamos dois mandatários dentro do clube, e a gente entende que isso vai criar uma dificuldade de gestão — complementa.

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