Aos seis minutos do segundo tempo, Guilherme Santos tornou a missão do Criciúma quase impossível. O meia do Bahia mandou uma bomba cruzada de fora da área, indefensável para Bruno, e afundou ainda mais o Tigre na lanterna da Série A.
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Agora, o Criciúma vê como única solução para ficar na Série A tropeços consecutivos dos rivais no Z-4 e somar nove pontos nos três jogos que restam. A situação só não se tornou tão desesperadora pelo empate em 1 a 1 entre Vitória e Coritiba e o triunfo do Figueirense sobre o Botafogo.
O Tigre volta a campo domingo, contra o Flamengo, em São Luís, no Maranhão. Pode ser o jogo do rebaixamento matemático
O jogo
Além do público reduzido, o jogo começou com protesto. A torcida organizada Os Tigres pediu raça antes do apito inicial e segurou duas faixas. Uma dizia “menos propaganda e mais futebol” e a outra, em tom de provocação, avisava que incompetência também fica na história.
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A disputa, de baixa qualidade técnica, começou com muitos erros das duas equipes. O primeiro a ter chance de gol foi o Bahia. Foram dois escanteios seguidos para a equipe adversária logo no início, que teria feito o primeiro gol da partida logo no início, não fosse por uma bela defesa de Bruno, que se esticou para espalmar.
O Criciúma chegou com um chutaço de Ricardinho, aos 15 minutos, que mandou a bola a menos de meio metro do gol do Bahia. Bruno Lopes também teve duas chances pela esquerda, agarradas por Marcelo Lomba.
Mas quem perdeu a oportunidade de forma mais inacreditável foi Cleber Santana, aos 32 minutos. O meia recebeu um lançamento de João Vitor na área, dividiu com o goleiro Marcelo Lomba e, cara a cara com a trave, chutou pra fora.
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Aos 45, Guilherme Santos cruzou fechado, mas Bruno segurou. Bruno Lopes tentou mais uma vez pela esquerda do gol da Bahia, logo em seguida, mas parou no goleiro adversário. O último lance da primeira etapa foi um susto para Bruno. Em uma falha de Cortez, o goleiro saiu para fazer a defesa e quase não conseguiu segurar um chute de Galhardo.
No caminho para o vestiário, toda a equipe recebeu vaias da torcida, que também protestou contra o diretor de futebol do clube, Cláudio Gomes.
Segundo tempo
Com o início da segunda etapa, as arquibancadas começaram a chamar mais atenção que a disputa em campo. A torcida carregou as faixas até a parte da arquibancada abaixo dos camarotes onde estava o presidente Antenor Angeloni. Os seguranças do estádio tentaram impedi-los, mas aos poucos os torcedores se acumularam atrás dos bancos da equipe reserva.
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Aos seis minutos, Guilherme abriu o placar para o Bahia com uma bomba e a torcida do Tigre vibrou, depois de gritos de “vergonha” dirigidos à equipe da casa. O presidente Antenor Angeloni deixou o estádio poucos minutos após o início do segundo tempo, quando os protestos se intensificaram.
A cada erro e chute pra fora, o Majestoso tremeu com as vaias de uma torcida que perdeu a paciência. Mas nem o gol do Bahia, nem os protestos serviram para acordar a equipe do Criciúma, que continuou desorganizada.
Outra chance foi para o ralo aos nove minutos, quando Ricardinho cobrou um escanteio pela direita e Souza pegou de bicicleta, mas acertou a trave.
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Aos 13 minutos, o técnico Toninho Cecílio acionou o garoto Andrew, da base. Apesar da situação tensa, o jogador foi aplaudido por um cruzamento pela esquerda na área, aos 23 minutos, que passou por todo mundo.
Aos 37 foi Kalil, outro garoto da base, quem cabeceou por cima do gol de Marcelo Lomba depois de receber um cruzamento de João Vitor. Em seguida, Cleber Santana recebeu de Rafael Costa, mas novamente chutou pra fora.
O Criciúma tentou pressionar nos minutos finais, mas não teve jeito.
FICHA TÉCNICA
CRICIÚMA (0)
Bruno; Maicon (Rafael Costa), Rafael Pereira, Fábio Ferreira e Cortez; Serginho, Ricardinho (Andrew), João Vitor e Cleber Santana; Bruno Lopes (Kalil) e Souza
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Técnico: Toninho Cecílio
BAHIA (1)
Marcelo Lomba; Railan, Lucas Fonseca, Titi e Pará; Fahel, Rafael Miranda, Bruno Paulista (Feijão), Rafael Galhardo (William Barbio); Guilherme Santos, Kieza (Henrique)
Técnico: Charles Fabian
Gols: Guilherme Santos (B) aos seis minutos do 2º tempo.
Cartões amarelos: Cortez, João Vitor, Bruno Lopes e Souza (C); Railan (B)
Arbitragem: Luiz Flavio de Oliveira, auxiliado por Marcelo Bertanha Barison e Jose Antônio Chaves Franco Filho
Local: Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma
Público: 4.751
Renda: R$ 48.900