Com a desclassificação de Chapecoense e Joinville, as fichas dos catarinenses – leia-se esperanças e, principalmente, pressão – recaem sobre o Criciúma.

Continua depois da publicidade

No próximo sábado é a vez do Tigre lutar contra o Macaé (RJ) para tentar garantir a sua vaga na Série B de 2011. A pressão vem de todos os lados e recai sobre a comissão técnica. Argel não poderá errar na composição da equipe, e os jogadores têm garantir o resultado favorável ao Tigre. Assim esperam os torcedores.

O Tigre prefere suportar o peso das expectativas de forma silenciosa. Desde a semana passada os atletas se blindaram contra qualquer influência exterior ao tomarem a iniciativa de eles escolherem quem concede entrevistas à imprensa. O técnico Argel não quer saber de falatório “antes do tempo”.

Enquanto os atletas treinam e se concentram para o jogo mais importante de 2010, a torcida trata de fazer a sua parte, mas sem aliviar a cobrança. A torcida Guerrilha Jovem confeccionou uma faixa com a frase “vamos subir, Tigre” e a leva a todos os treinos desde a semana passada.

– A gente não quer que eles esqueçam um minuto que é preciso sair desse inferno. Temos que subir e vamos lembrá-los diariamente – sentenciou o torcedor Cleiton Ramos.

Continua depois da publicidade

O comentarista esportivo da RBS TV, Silvio Criciúma, avalia que o que tinha que dar errado para o Criciúma até agora ficou na semana passada, inclusive insatisfações com jogadores e técnico. Para Silvio, que viveu em 2006 a experiência de abandonar a Série C, se a semana não for trabalhada tanto tecnicamente quanto psicologicamente, a pressão pode causar um desequilíbrio no grupo.

– O resultado em Macaé aumentou demais o peso e a necessidade da conquista do acesso, por isso no sábado é preciso sangue frio. Se o Macaé perde a vaga ele vai embora e acabou. No caso do Tigre não, a amargura será imensa e tão dolorosa quanto a de Chapecoense e Joinville – analisa Silvio.