Criciúma e Figueirense empatam no Heriberto Hülse pela Série B 

Criciúma e Figueirense seguem sem vencer na Série B. Neste sábado, o encontro catarinense no Campeonato Brasileiro terminou empatado. O 1 a 1 no Heriberto Hülse trava os dois times na classificação e acumulam, agora, três partidas seguidas sem vencer. O Tigre se mantém fora do Z4, enquanto o Figueira fica no meio da tabela. O gol tricolor foi de Daniel Costa, em pênalti questionado pelo adversário, e o tento alvinegro foi de Willian Popp, que abriu o marcador.

As coisas ficaram tão iguais que o Figueirense manteve o tabu em Criciúma. O último triunfo do Tigre em casa diante dos alvinegros foi em maio de 2014, pelo Brasileirão. Com o resultado deste sábado, são quatro vitórias do Figueira e quatro empates no Heriberto Hülse desde então.

Os dois times voltam a jogar novamente na terça-feira. O Figueirense entra em campo primeiro. Às 19h15min, no Orlando Scarpelli, recebe o Vitória. O Criciúma joga às 20h30min, fora de casa. No Walter Ribeiro, no interior paulista, enfrenta o São Bento.

O jogo

Criciúma sem surpresas na escalação. Diferente do Figueirense. Matheus Lucas ficou no banco por causa de amigdalite. Juninho entrou para se revezar com Willian Popp entre o lado esquerdo e o miolo do ataque, e ainda fazer o time pressionar a saída tricolor, quando podia. É que o Tigre preferiu a bola, em mantê-la nos pés. A partida se concentrou pelo meio, porque a equipe da casa não conseguia construir jogada até a área rival.

Por isso, aos cinco, Wesley aproveitou o espaço que tinha para mandar bala. Passou rente ao poste direito do goleiro do Figueira. Por ali também foi um chute de Marlon, aos 14. O jogo seguiu truncado até os 26 minutos, quando o Figueirense conectou o contra-ataque. Popp para Juninho e Juninho para Fellipe Mateus invadir a área pelo lado direito. Marcado, o chute saiu mascado e Luiz saiu nos pés o meia-atacante para ficar com a bola.

A resposta do Criciúma veio instantes depois. Batido escanteio no meio da pequena área, Sandro subiu sozinho antes de lamentar o desvio para fora. O lance deu vigor ao Tigre que passou a exigir Denis. Entre os 33 e 36 minutos, foram três finalizações seguidas. Os chutes de Marcos Vinícius e Vinícius pararam entre os braços do goleiro. A melhor finalização, porém, foi de Wesley. Ele aparou a bola após saída errada de Betinho, girou e soltou o tijolo espalmado pelo camisa 1 do Figueira.

Antes do descanso, ainda houve reclamação criciumense de pênalti. Léo Gamalho recebeu na área e, no giro, o zagueiro Ruan Renato se enroscou com ele. Flávio Rodrigues de Souza mandou seguir. Os times voltaram sem alterações do intervalo. O Figueirense, no entanto, fechou o espaço em seu lado direito com o lateral Victor Guilherme mais fixo na linha defensiva. E voltou um pouco mais agressivo.

O bastante para aos 30 segundos criar boa chance. Tony usou o calcanhar para deixar Juninho na cara do gol. O chute foi por cima. Aos seis, Juninho desperdiçou outra chance. Fez jogada individual para entrar na área e bater para a defesa de Luiz. Então o Criciúma mudou. Saiu Reis para a entrada do Julimar. O Figueirense mexeu logo depois. Juninho deu lugar a Matheus Lucas. No primeiro lance dele, preferiu cair no chão no contato de um defensor. Revoltado, o técnico Hemerson Maria deu soco na placa.

A reprimenda do treinador depois do jogo só não foi maior porque o próprio Matheus Lucas escorou o cruzamento para Popp chegar batendo. Paulada na bochecha da rede para abrir o placar no Heriberto Hülse: Criciúma 0, Figueirense 1. Para tentar evitar a terceira derrota seguida e entrar no Z4 no fechamento da 12ª rodada, o Tigre tentou com Daniel Costa na vaga de Eduard. Meia por meia, com a premissa de aproveitar a bola parada.

Foi ele quem colocou a bola para Sandro cabecear no cantinho e Denis voar para evitar. A busca pelo empate pelos tricolores passou a contar com sangue novo, com a entrada de Reinaldo na vaga de Vinícius. O Figueirense iria se trancar em seguida, com Patrick na vaga de Betinho. Das mudanças até este instante, a melhor era a entrada de Daniel Costa no Criciúma. É que aos 34 minutos, Marlon foi derrubado por Fellipe Mateus quando invadia a área com bola e tudo. Penalidade máxima marcada que o camisa 10 do Tigre botou no lado direito do goleiro. Denis foi, mas não achou: 1 a 1.

O Carvoeiro tentou manter a pressão para chegar à virada. Mas o Figueirense segurou a igualdade, ainda mais com a entrada de zagueiro Pereira na vaga do lateral Victor Guilherme, que saiu machucado. Não teve mais gols e ficou tudo igual: no placar, na tabela e no tabu no Heriberto Hülse.

FICHA TÉCNICA – Criciúma 1 x 1 Figueirense

CRICIÚMA

Luiz; Marcos Vinicius, Sandro, Derlan e Marlon; Adilson Goiano, Eduardo (Daniel Costa), Wesley e Reis (Julimar); Léo Gamalho e Vinícius (Reinaldo). Técnico: Gilson Kleina.

FIGUEIRENSE

Denis; Victor Guilherme (Pereira), Alemão, Ruan Renato e Matheus Destro; Zé Antônio, Betinho (Patrick) e Tony; Fellipe Mateus, Juninho (Matheus Lucas) e Willian Popp. Técnico: Hemerson Maria

GOLS: Daniel Costa, aos 35 do segundo tempo (C). Willian Popp, aos 22 do segundo tempo (F).

CARTÕES AMARELOS: Julimar (C). Betinho e Juninho (F).

ARBITRAGEM: Flávio Rodrigues de Souza, auxiliado por Alex Ang Ribeiro e Luiz Alberto Andrini Nogueira (trio de SP).

BORDERÔ: 2.251 torcedores, para uma renda de R$ 40.650.

LOCAL: Heriberto Hülse, em Criciúma.