A crise chega com mais força aos municípios. Criciúma enfrenta uma situação preocupante: arrecada menos e tem a obrigação de demitir servidores contratados irregularmente, desde 1994. Com a decisão já prevista, o prefeito Márcio Búrigo escolheu esta terça-feira, 3, para divulgar uma série de medidas. Ao todo, 342 funcionários públicos foram demitidos. Mais de 100 exerciam funções no pátio de máquinas. Na Secretaria de Saúde, a soma chega a 230 funcionários. A preocupação foi em causar o menor impacto possível no atendimento à população. Um sinal amarelo que acende, já que é na saúde um dos maiores calos de todo o administrador público.
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Durante a coletiva, o prefeito anunciou a redução em 30%, a partir deste mês, do próprio salário, do vice-prefeito, além dos secretários e presidentes de fundações municipais. A redução também inclui 20% nos salários dos diretores do centro administrativo e 10% dos salários no nível de gerência. Só com essa medida, serão R$ 200 mil por mês de economia.
Ainda durante a coletiva, o prefeito citou fatos que agravaram a crise financeira na prefeitura. Os dois incêndios ocorridos este ano no paço municipal foram marcantes, num ano turbulento na gestão pública. “Esse é um momento que fere a nossa alma”, citou. Além de obedecer à decisão judicial, a prefeitura está tomando essas medidas para equilibrar as contas. Com as demissões e novos cortes, o total chega a mais de R$ 1 milhão e oitocentos mil de economia aos cofres públicos. Um número que não desafoga, mas alivia a conta.
Novas demissões previstas
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A prefeitura tem até abril do ano que vem pra cumprir a decisão judicial. No total serão demitidos 830 funcionários contratados de forma irregular, em ações movidas há mais de dez anos. O prefeito não confirmou se ainda, este ano, deve anunciar novas exonerações. Num segundo momento, estuda a redução de cargos comissionados e das próprias secretarias.