O título da Copa do Brasil conquistado há exatos 25 anos pelo Criciúma continua até hoje sendo a maior façanha do futebol catarinense. Uma taça que uniu definitivamente a cidade em torno do Tigre e transformou jogadores em ídolos. Poucos atletas daquele grupo não são lembrados até hoje.

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Do grupo de 1991, 11 jogadores ainda moram na cidade. Em Criciúma, eles construíram suas famílias, uma relação que nasceu em 1989 com o primeiro título do Catarinense conquistado por esse elenco – que seria vencedor do Estadual mais duas vezes, 1990 e 1991.

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Torcedores do Criciúma relembram título da Copa do Brasil há 25 anos

O Tigre já tinha batido na trave da Copa do Brasil no ano anterior. Em 1990, o clube foi eliminado nos pênaltis pelo Goiás, em um Serra Dourada lotadona semifinal.

– Eu até hoje ainda penso naquele jogo. Me lembro dele interinho, como se fosse hoje. A nossa equipe já era muito forte. Então, quando encontramos eles nas quartas de final, em 1991, teve aquele gostinho de vingança. Para mim, na verdade, a partida mais importante foi quando eliminamos o Atlético-MG com um gol de falta do Roberto Cavalo. Ali eu pensei: ¿Ninguém segura mais a gente¿ – recorda o ponta Jairo Lenzi.

A quase demissão de Felipão e o pacto pela conquista

Luiz Felipe Scolari, campeão da Copa do Mundo de 2002 pelo Brasil e treinador consagrado no mundo, tem muito a agradecer ao Criciúma. Foi no Tigre que ele conquistou seu primeiro título de expressão. Mas Felipão quase não pôde ser o comandante do título. Os maus resultados na Segundona do Brasileirão pressionavam o técnico, que era ameaçado de ser demitido. Porém, os jogadores e a comissão técnica fizeram um pacto pela conquista que segurou Scolari.

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– Se não me engano, voltamos de Caxias, de um jogo lá, e tinha essa história de ele ser demitido. Mas logo foi marcado o jogo com o Goiás, na Copa do Brasil, e ali todo o grupo conversou que tínhamos que nos fechar porque a conquista era muito palpável – disse Sarandi.

A confiança do time era muito por causa das partidas no Estádio Heriberto Hülse. É importante ressaltar que o Tigre foi campeão invicto da Copa do Brasil, algo que só o Grêmio, Cruzeiro, Corinthians e Flamengo conseguiram.

– Não era arrogância, mas a gente sabia que em casa éramos imbatíveis. Conhecíamos muito bem o campo e o nosso time era muito entrosado, aquele elenco jogou junto por cinco temporadas. Por isso, quando deixamos o Olímpico com o empate por 1 a 1 com o Grêmio, tínhamos a certeza de que o título era nosso – garante Itá, capitão da equipe.

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O autor do gol da conquista foi um herói improvável, isso porque o zagueiro Vilmar não costumava fazer muitos gols.

– O Jairo Lenzi cobrou o escanteio e eu vim correndo do meio de campo e fiz o gol. Eu me atrapalhei na hora de ir para a área, e saí atrasado e acabei surpreendendo. Depois daquele dia o pessoal me falou: ¿Esse foi o gol do título¿. Eu não acreditei porque achei que iríamos vencer em casa. Mas ficamos no 0 a 0 no Heriberto Hülse e acabei fazendo o gol da conquista – ainda celebra Vilmar.

Depois de 25 anos do triunfo tricolor, SC ainda não esquece desse feito que, apesar do passar do tempo, não esmaece na memória de jogadores e torcedores.

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