Ex-jogador de futebol, Milton Cruz não passou por muitos empregos diferentes após pendurar as chuteiras em 1992. Ainda nos anos 90 ele retornou ao São Paulo, onde havia trabalhado como atleta, para iniciar um período de 23 anos no clube em cargos como observador técnico, coordenador e auxiliar – assumindo o comando da equipe principal em 43 jogos. Como treinador uma rápida passagem pelo Náutico e em seguida a contratação do Figueirense, onde completou 50 partidas nesta terça-feira.

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– Eu espero na verdade ficar no Figueirense o máximo que eu puder, mais do que eu fiquei no São Paulo se possível. Esse é o meu objetivo. Já tive algumas propostas de fora e aqui do Brasil mesmo, mas meu objetivo é focado no Figueirense. O Cláudio Vernalha (presidente) fala que eu sou o manager do time. Tenho que agradecer o pessoal que me apoia, a todos. Se eu dia tiver que sair posso até ficar no clube como um diretor, um coordenador, alguma coisa. A cidade é tão boa. Não sou daqueles treinadores que querem ficar alguns meses em cada lugar. Eu vim para o Figueirense com este objetivo de ficar bastante tempo. Todo mundo fala que onde vou eu crio raízes. E eu quero criar raízes no Figueirense – garante Milton Cruz.

Chamado pelo próprio presidente de manager, Milton Cruz foi o principal responsável pela montagem do elenco do Figueirense em 2018. O conhecimento do profissional no mundo do futebol facilitou a busca pelas peças ideais, que foram negociadas por Cláudio Vernalha e também pelo diretor de futebol Felipe Faro. No processo de montagem, Milton buscou informações com diversos colegas sobre os aspectos técnicos e também extra-campo dos jogadores.

– Fico orgulhoso, me sinto como eu era no São Paulo, onde eu passei muito tempo. A diretoria, os conselheiros e a torcida confiavam no meu trabalho. Estou sentindo o mesmo prazer que eu tinha no São Paulo por tudo isso. O Vernalha me dá todo o carinho. Fim de semana quando estou livre me leva para a casa dele com a família. Os próprios funcionários me convidam, não me deixam só. Nós estamos conseguindo fazer uma família, isso me deixa muito satisfeito – comenta o treinador, que garante não ter interesse por propostas para sair do Alvinegro.

– Meu compromisso hoje é com o Figueirense. Não é o dinheiro que vai me fazer feliz, mas sim eu estar em um lugar onde as pessoas gostem de mim. Isso que quero para mim. Meu objetivo é montar um time que possa sair campeão, como já saímos. Tiramos o time da zona de rebaixamento no ano passado e agora queremos levar o Figueirense para a primeira divisão. O meu contrato depois tem mais um ano. Não quero ir embora daqui, sou muito feliz no Figueirense – afirma Milton Cruz.

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Os números são positivos à frente do Alvinegro com 25 vitórias em 50 jogos e um aproveitamento de 59,3%. Milton Cruz assumiu o Figueirense na 18ª posição da Série B de 2017 para comandar o time no returno e evitou o rebaixamento, terminando na 12ª colocação. Em 2018 veio a conquista do 18º título estadual do clube com vitória na final sobre a Chapecoense por 2×0 em plena Arena Condá. Na atual edição da segundona, o Figueira é o quinto colocado.

– Nosso maior objetivo é subir, fazer o Figueirense forte. As contratações destes jogadores foram feitas para não precisarmos mudar no meio do ano. Os jogadores se conhecem, é um grupo que eu confio bastante. Estamos brigando pelas primeiras colocações. Começamos na frente, depois tivemos tropeços, mas o campeonato é assim. Todos terão altos e baixos – analisa o treinador alvinegro.