Uma pesquisa, feita pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), aponta que hábitos de sono saudável podem ajudar e prevenir obesidade em crianças e adolescentes. De acordo com os resultados, o grupo que tem preferência matinal tende a consumir refeições mais equilibradas, como café da manhã, almoço e lanche da tarde, com alimentos considerados saudáveis.

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Já aquelas crianças com preferência tardia, consomem mais ultraprocessados, como fast food, refrigerantes e doces. A pesquisa, coordenada pela nutricionista Denise Miguel Teixeira Roberto, mostra que uma rotina de sono saudável é fundamental para a saúde da população, de forma geral, e das crianças e adolescentes, em particular.

O estudo também oferece informações para pais, educadores e profissionais de saúde no desenvolvimento de estratégias para melhorar a qualidade de vida e a saúde das crianças.

— O objetivo foi explorar como os horários de dormir e acordar, o chamado “cronotipo”, que reflete as preferências individuais de sono, influenciam os padrões alimentares — afirma Denise.

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A pesquisa revelou que crianças e adolescentes com “cronotipos” matutinos consumiram alimentos mais tradicionais e saudáveis, como café com leite, pão e queijo no café da manhã, e arroz, feijão e carnes no almoço. Por outro lado, aqueles com preferência tardia eram mais propensos a consumir refeições mistas— uma combinação de alimentos saudáveis e não saudáveis — e optavam por consumir ultraprocessados no lanche da tarde.

Outro resultado da pesquisa foi que crianças com hábitos matinais possuíam um menor risco de desenvolver sobrepeso e obesidade. Facilitando a probabilidade de desenvolver outras doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes.

O levantamento integra o projeto Estudo da Prevalência da Obesidade em Crianças e Adolescentes de Florianópolis (EPOCA/UFSC), vinculado ao Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenado pela professora Patrícia de Fragas Hinnig.

— Minha orientadora começou a trabalhar com sono porque observou que estavam surgindo muitos estudos apontando a importância do sono para a saúde. Ela orientou uma dissertação sobre sono e alimentação, e percebeu que esse era um tema muito em alta — explica Denise.

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De acordo com a nutricionista, um número cada vez maior de estudos mostra a relevância do sono para a saúde e indica que o modo de vida moderno vinha reduzindo o tempo de descanso.

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