Todos os dias, dois ônibus com crianças de seis a nove anos saem do Jardim Paraíso rumo ao Aventureiro. Os 395 alunos que vão estudar na Escola Thereza Mazzolli Hreisemnou, assim que as obras do prédio forem concluídas, estão desde 2011 sem poder ter aulas no bairro onde moram.
Continua depois da publicidade
Contrariando as determinações da lei 11.700 que diz que todas as crianças de educação infantil e ensino fundamental devem ter aulas perto de casa, eles são obrigados a percorrer mais de 6 km até chegar à escola.
O trajeto é uma preocupação para os pais, que disseram ser contra a decisão de transferência desde o ano passado. Os moradores se tranquilizaram com a promessa de que a nova escola que receberá os alunos ficaria pronta em julho. O prazo foi passado, segundo os pais, pela Secretaria Municipal de Educação em novembro.
Mas, terça-feira, foi verificado que as paredes foram erguidas há pouco tempo e nem telhado foi colocado. Segundo informações da empreiteira, ainda não há prazo para a entrega da obra.
Continua depois da publicidade
A situação não agrada a pais como José Macedo e Elizângela Macedo, que não aguentam mais ver a filha Emily, oito anos, ter de ir tão longe para estudar. Para eles, foi um choque a transferência da menina, que estudava provisoriamente na Nagib Zattar, no Jardim Paraíso, para a Escola Wittich Freitag, no Aventureiro.
Para piorar, segundo Elizângela, de vez em quando alunos são esquecidos. Sem ter como contornar a situação, o casal colocou a casa à venda.
A assessoria de imprensa da secretaria alega que nunca foi anunciado que o prazo de conclusão da obra seria julho. A previsão sempre foi janeiro de 2013. Sobre o andamento das obras, há atraso de 20 dias por causa da chuva.
Continua depois da publicidade
Conforme a secretária Vanessa da Rosa, as crianças não estão desassistidas. O combinado seria que os pais fossem responsáveis pelas crianças no transporte.
– Eles se dispuseram a ir com as crianças -, diz.
Crianças percorrem 6 km para ir à escola.