Sobre as rodas de patins, com os olhos pintados, o cabelo negro preso em um coque, vestida com um traje vermelho e preto, uma formosa espanhola dá saltos e giros sobre a pista.

Continua depois da publicidade

Essa figura alegre e atrevida é, na verdade, a personagem que Maria Antonia Pimentel, 11 anos, dá vida durante o 2º Torneio de Estreantes organizado pela Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação, no ginásio da Tigre, em Joinville.

O evento ocorreu de sexta até domingo e reuniu 150 crianças e adolescentes de cinco Estados: SC, PR, SP, RS e Distrito Federal.

Maria Antonia faz parte da pré-equipe de patinação artística do Iate Clube de Brasília e veio, acompanhada pelos pais, participar da competição. A relação com o esporte começou há três anos, quando deixou de praticar balé para se dedicar aos movimentos em cima dos patins.

A garota treina de segunda a sexta, num total de oito horas semanais, além de estudar e fazer curso de inglês. Apesar de crianças, logo se nota que têm grandes desafios:

Continua depois da publicidade

-Você precisa dormir bem, se alimentar direito, controlar a ansiedade, se divertir, mas também saber que está aqui para competir, não para brincar-, afirma a brasiliense.

Ela ainda não sabe que profissão seguir, embora considere a possibilidade de continuar atuando como patinadora. Ver a plateia vibrar e cantar a música que toca durante a apresentação é muito legal e emocionante, segundo Maria Antonia.

-Quando está interpretando, você não é você. Por ser um esporte artístico, tem que entrar no papel, representar. Na pista, eu sou uma espanhola, não tenho 11 anos, não vou à escola. Continua sendo divertido, mas hoje levo o esporte a sério.

Pequenas campeãs

Manuella Pereira Giraldi tem sete anos, mas é atleta há quatro. Ao lado da colega Mirelle Ochrimowicz Fernandes, a mais jovem competidora do torneio exibe, orgulhosa, as medalhas que conquistou.

Continua depois da publicidade

As garotinhas joinvilenses fazem parte da Equipe Equilibri, que representou a cidade com outros 14 atletas. Elas dividem um sonho: classificar-se para o Campeonato Mundial de Patinação Artística. Para isso, precisam sair do nível iniciante e entrar no profissional.