Crianças e adolescentes de escolas joinvilenses participaram na sexta-feira de uma competição onde a o mais importante é vencer as próprias limitações. Cerca de 230 alunos de cinco a 19 anos participaram, durante toda a manhã, da 3ª edição dos Jogos Escolares Municipais Paradesportivos.

Continua depois da publicidade

Divididos em três categorias: A (5 a 8 anos), B (9 a 14 anos) e C (15 a 19 anos), os estudantes com deficiência visual, auditiva, intelectual ou física, participaram durante toda a manhã de provas de atletismo na pista da Univille, nas modalidades de 50 metros rasos, 100 metros rasos, salto em distância, arremesso de peso e lançamento de pelota.

A coordenadora do Paradesporto na Felej, Rosicler Ravache, destaca que além de promover a integração de pessoas com deficiência e melhorar a autoestima dos alunos, a competição todos os anos revela novos talentos.

– Este ano, observamos o bom desempenho de alguns atletas e já selecionamos 25 alunos para participar dos projetos paradesportivos da Felej – conta Rosicler.

Continua depois da publicidade

E estes novos talentos já podem sonhar longe.

– A Mariane Padilha, por exemplo, começou nos jogos escolares e hoje é a recordista mundial da classe F 45, um dos destaques do atletismo nacional – conta Rosicler.

Além disso, a coordenadora ressalta que a equipe joinvilense já conta com mais de 30 atletas de natação, atletismo e basquete entre a elite dos para-atletas brasileiros.

– Sendo que 20 já estão convocados para representar Santa Catarina nos jogos estudantis nacionais, em outubro, em São Paulo – ressalta.

Continua depois da publicidade

Para Maria da Graça de Oliveira, a competição realizada nesta sexta tem um significado ainda mais especial. O filho adotivo, Gabriel de Pina, tem paralisia cerebral, e até descobrir o esporte vivia em estado vegetativo.

– O esporte fez por ele o que nenhuma fisioterapia conseguia – disse a mãe, emocionada com a evolução do filho.

Na sexta-feira, o menino de 17 anos, franzino, que aparenta ter 10 anos, conduziu sozinho a cadeira de rodas e, com muito esforço, concluiu o trajeto de 100 metros em 1 minuto e 57 segundos, com o sorriso de campeão, mesmo tendo ficado em terceiro lugar na corrida.

Continua depois da publicidade

– Ele não fala, mas a alegria dele quando está competindo é algo fantástico – ressaltou a mãe, que incentivou o filho na beira da pista o tempo todo.

– Toda terça e sexta-feira ele participa de treinos de atletismo e natação aqui na Univille e adora competir, então, essa olimpíada foi a glória para ele – diz Maria da Graça, que tem orgulho de dizer que tem um filho para-atleta.