O relógio passava um pouco das 10h em 30 de junho de 2002 quando o capitão Cafu subiu no pódio. Vestindo a camisa 2 rabiscada com as palavras 100% Jardim Irene, o lateral subiu no lugar mais alto, pegou o troféu, gritou eu te amo para a esposa, beijou a taça e sacramentou a conquista do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira de futebol ao erguer o cobiçado objeto. Isso foi há 12 anos. De lá para cá uma nova geração de torcedores se formou. Felipe, Yan, Lucca, Maria Augusta, Júlia e outros tantos cresceram e não viram o gesto se repetir, com os fracassos na Alemanha e na África do Sul.

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A partir desta quinta-feira, com o início de mais uma Copa do Mundo, a esperança de soltar o grito de campeão pela primeira vez toma conta das crianças. Ainda mais que o Mundial é disputado aqui, em solo verde e amarelo. A estreia contra a Croácia é o primeiro passo dos sete que a Seleção comandada por Luiz Felipe Scolari precisa dar para voltar a dominar o mundo.

A garotada sabe disso e está empolgada, na torcida para o que o futebol brasileiro seja exaltado como o melhor do planeta. Para muitos, pela primeira vez.

– Nunca vi o Brasil ganhar uma Copa, por isso estou torcendo muito por essa taça – diz Felipe Gusso, 10 anos.

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Na visita que fizemos a uma escola de Blumenau, os fãs de futebol aproveitaram para mandar um recado especial para os jogadores da Seleção. Como o esperado, Neymar é o principal alvo da rapaziada, que manda boas energias para o camisa 10 canarinho:

– Neymar, que você tenha uma boa sorte na sua primeira Copa – deseja Yan Metzler, nove anos.

Lucca Campanelli, 11, considera o atacante do Barcelona o melhor jogador do mundo e espera que ele consiga se desvencilhar da forte marcação para brilhar no Mundial:

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– Neymar, mesmo levando bastante falta, você é o melhor do mundo. Ganha essa taça para nós.

E não são apenas os meninos que têm recados para os craques da Seleção. Fã do centroavante Fred, Maria Augusta Meneghelli, 10, deu uma missão para o camisa 9:

– Fred, faça um golaço para mim.

Entusiasmada com a Copa, Júlia Bertoldi Hoffmann, 10, torce pela conquista do título e faz uma recomendação no mínimo curiosa aos craques brasileiros:

– Não comam muito, para não rolar como uma bola no gramado, pois saco vazio para em pé e cheio não dobra muito.

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