Crianças aguardaram quase 10h por atendimento de emergência no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis, nesta terça-feira (14). Familiares de pacientes relataram ter chegado ao local no período da manhã e só receberam atenção médica depois de pelo menos nove horas, já no fim do dia. Muitas pessoas teriam deixado o local pela demora e tamanho da fila de espera, conforme relatos.

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Bruna, que acompanhou o primo Brayan, de 9 anos, relatou chegar ao setor de emergência 12h50min, e passou pela triagem por volta das 13h30min. O menino sofre de asma e bronquite e apresentou febre alta e dor de cabeça. Ele foi chamado para atendimento 21h15min.

— Começaram a chegar mais crianças, e tem mais gente na fila. Está lotado, dentro e fora [do prédio] — contou.

Susane, mãe de Davi, também esperou horas na fila. Ela e o filho foram atendidos depois de 10h de espera. Segundo o que conta, houve demora entre um paciente e outro.

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— Não tão chamando, faz duas horas que não chamam. Tem criança que está na triagem laranja [considerado caso grave pelo sistema de monitoramento de fila] desde 13h e não foi atendido — disse.

Sybele, que tem um bebê de colo, chegou na instituição por volta das 16h. O filho recebeu pulseira de caso grave, mas até as 22h não havia sido atendido.

— Eles falam que não depende deles. Está todo mundo revoltado, esperando com as crianças — desabafa.

A Secretaria do Estado da Saúde, quem administra o Hospital Infantil, afirmou em nota que observou um aumento na busca por atendimento de emergência na unidade durante os últimos dias e, por isso, orienta que, os casos menos graves sejam levados as Unidades Básicas de Saúde ou de Pronto Atendimento para “diminuição das filas no pronto-socorro do hospital”.

Veja a nota na íntegra

“O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, observou um incremento na busca por atendimento na emergência da unidade nos últimos dois dias. A unidade utiliza protocolo da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) na triagem de classificação da gravidade priorizando os atendimentos de maior gravidade. Desta forma, a SES orienta que, nos casos de menor gravidade, as famílias procurem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que são fundamentais para o pleno funcionamento do SUS, colaborando para a diminuição das filas nos prontos-socorros dos hospitais.”

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