Criança de dois anos que ingeriu LSD continua internada em Joinville

O menino de dois anos que ingeriu acidentalmente pontos de LSD, uma droga alucinógena produzida em laboratório, continua internada no Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville. Como a família não autorizou o Hospital a passar informações, não é possível saber qual o real estado de saúde da criança.

Ele está internado desde a noite de quarta-feira. Segundo a delegada Marilisa Boehm, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), até a noite de quinta, o garotinho permanecia estável.

Ainda não está confirmada qual foi a quantidade de droga ingerida pela criança, mas os 25 pontos de LSD não foram mais encontrados. A droga pertencia ao tio que era responsável por tomar conta dele e dos três irmãos enquanto a mãe trabalhava.

Segundo a polícia, o tio relatou que a droga estava envolta em uma cobertor no quarto dele. A criança pode ter encontrado a substância no período da tarde de quarta-feira, quando foi ao quarto do tio para assistir TV. A mãe foi acionada no trabalho por volta de 18h30, assim que a criança começou a passar mal. O menino sofreu convulsões e alucinações em função da droga.

A delegada Marilisa pretende tomar o depoimento do tio e da mãe da criança na próxima semana. É provável que o tio seja autuado por negligência, por expor a vida ou a saúde do menino a perigo, por abandono de incapaz e posse de droga. A procedência da droga será investigada pela delegacia do bairro Aventureiro, região onde ocorreu o incidente. A família mora no bairro Iririú.

Droga alucinógena

O LSD é a sigla de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas. Os pontos reduzem grandes alterações no cérebro, atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como alucinações, delírios e ilusões.

É uma substância sintética, produzida em laboratório, que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial à saúde.