Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) têm mais dificuldade em prestar atenção na aula e facilmente se distraem enquanto o professor explica a matéria. Também sofrem mais na hora de estudar em casa por serem mais inquietas, terem menos paciência e mais vontade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
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Mesmo assim, os pais não devem procurar escolas especiais, mas manter o filho com TDAH em ambientes de ensino regulares. É o que defende o neurologista e especialista em TDAH Marco Antônio Arruda, diretor do Instituto Glia Cognição e Desenvolvimento, de Ribeirão Preto (SP).
Segundo ele, a maior parte das escolas tem condições de trabalhar em conjunto com a família e com um especialista, que faz o acompanhamento médico do paciente, para superar os desafios do problema.
Arruda diz que é fundamental que os pais conversem com a coordenação da escola para entender como a instituição lida com alunos com TDAH e se os professores contam com orientações específicas para auxiliar o processo de aprendizagem de crianças portadoras do transtorno.
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– É indispensável um trabalho conjunto entre a direção, coordenação, professores e família. Todos devem ter conhecimento sobre o transtorno, estar alinhados para planejar e implementar as técnicas e as estratégias de ensino que melhor atendam às necessidades desses alunos. O mais importante é não haver a exclusão do paciente com o TDAH – afirma Arruda, que defende o tratamento multidisciplinar, com acompanhamento médico, psicoterapia, orientação aos pais, família e professores.