Morreu nesta terça-feira (14), aos 97 anos, o ex-governador Colombo Machado Salles. Natural de Laguna, ele governou Santa Catarina entre 1971 e 1975, até então pelo partido Aliança Renovadora Nacional (Arena) e foi indicado ao cargo pelo presidente da República, Emílio Médici. Entenda mais sobre a vida e a trajetória política de Colombo Salles, e suas principais contribuições para o Estado de Santa Catarina.
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Biografia
Colombo Salles nasceu em 20 de maio de 1926, no município de Laguna, no Sul do Estado de Santa Catarina. Filho do engenheiro Calistrato Müller Salles e de Berta Machado Salles, casou-se com Daisy Werner Salles, com quem teve três filhos: Maria José, Bertholdo e Marcelo.
Colombo Salles tinha a política no sangue. Era primo de Lauro Müller, o primeiro governador republicano de Santa Catarina, vice-governador, senador, deputado federal e ministro das Relações Exteriores. Também era primo de Felipe Schmidt, governador, deputado federal constituinte em 1891 e senador.
O ex-governador viveu em Laguna até os 15 anos, quando se mudou para Curitiba (PR) para terminar a escola e ingressar no curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no qual formou-se em 1949.
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Já graduado, Colombo voltou para Santa Catarina, para trabalhar em diversas instituições e órgãos de logística, engenharia e construção civil. Nesse meio tempo, Colombo ficou com sua família na França, por seis meses, no ano de 1957, para estagiar no Laboratório Central de Hidráulica da França.
Em 1963, chefiou o Gabinete da Administração do Porto do Rio de Janeiro e o 18º Distrito de Portos e Vias Navegáveis. No ano seguinte, mudou-se para Brasília, onde foi chefe de gabinete do prefeito do Distrito Federal, Plínio Cantanhede. Na Capital Federal, assumiu ainda as Secretarias de Governo; Serviços Sociais; Finanças; e Educação e Cultura.
Durante a gestão do governador Ivo Silveira, Colombo Salles regressou a Santa Catarina e foi secretário executivo do II Plano de Metas do Governo (PLAMEG II).
Veja a assinatura de Colombo Salles
Governo de Colombo Salles
Em 1970, Colombo Salles recebeu a indicação do Presidente do Brasil, Emílio Garrastazu Médici, para assumir o cargo de Governador de Santa Catarina.
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— Eu fui um acidente na vida política de Santa Catarina — declarou o ex-governador, em entrevista à rádio CBN, em 2016. — Estava dando uma aula inaugural na Universidade Federal de Goiânia, quando interromperam minha aula para comunicar que eu havia sido indicado governador. Eu me preparei para ouvir uma vaia.
O ex-governador tomou posse em 15 de março de 1971, pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA). A plataforma de governo foi baseada no Projeto Catarinense de Desenvolvimento (PCD), tendo como objetivo principal a integração das regiões do Estado.
Os investimentos em infraestrutura resultaram na implantação de mais de 500 quilômetros de estradas, o aumento do consumo global de energia elétrica, a modernização da rede de comunicações e a implantação de 85.000 linhas telefônicas no Estado. Foi criador da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
Entre as obras realizadas durante seu governo, destaca-se a construção da segunda ponte ligando a Ilha de Santa Catarina ao Continente, que recebeu seu nome na inauguração. Ele também foi responsável pelo aterro da Baía Sul e pela construção das rodovias SC-401 e SC-404.
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Deixou o cargo em 15 de março de 1975, sendo sucedido por Antônio Carlos Konder Reis. Entre 1983 e 1986, foi Conselheiro do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC).
Colombo Salles recebeu, entre tantas homenagens, o Título de Notório Saber, concedido pela Universidade Federal de Santa Catarina, o título de Cidadão Honorário de Florianópolis, a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), e muitas outras.
*As informações são retiradas da biografia de Colombo Salles divulgada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina
Veja fotos da trajetória de vida de Colombo Salles
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*Sob supervisão de Andréa da Luz
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