Os números da Copa João Havelange não mentem. Santa Catarina joga com cinco representantes e, desses, quatro têm a possibilidade de classificação. Será que não classificamos pelo menos um? Era a indagação que se fazia no início da Copa. Percebe-se, claramente, que no campo, ou seja, tecnicamente, crescemos muito. E o resto? Se, tecnicamente, crescemos, é evidente que a estrutura administrativa dos clubes é outra. O futebol só cresce se o clube der condições de se formar bons elencos. E isso aconteceu na medida em que retornaram às lides esportivas dirigentes que já haviam mostrado serviço e novos que se adaptaram ao esquema clube-empresa.

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Futuro do Estadual Ontem à tarde, a Associação dos Clubes Profissionais de Santa Catarina discutiu o campeonato do ano que vem com algumas alterações propostas, como um quadrangular jogando todos entre todos, sendo que os dois primeiros decidirão o título em dois jogos decisivos. Algumas pequenas alterações no regulamento tornarão o campeonato mais atrativo. Finalmente já estão tratando do campeonato com antecedência e, sobretudo, com seriedade e muito profissionalismo. O futuro chegou.

A força do Tigre Quando reassumiu o comando do Criciúma, em meio a uma das maiores crises vividas pelo tradicional clube do Sul do Estado, Moacir Fernandes decidiu montar a equipe do Tigre usando a base formada no Estádio Heriberto Hülse. Fernandes queria ver introduzida no clube a política vitoriosa do início da década, quando o Tigre ganhou quase tudo que disputou. O começo foi difícil. As derrotas se acumularam e a pressão foi intensa. Mesmo assim o dirigente manteve a proposta, segurou o técnico Luiz Gonzaga Milioli no cargo e pediu um tempo à torcida. O resultado não poderia ser outro. O Criciúma está classificado.

Dúvida cruel Lica e Aldrovani, com cinco cartões, estão fora do jogo de amanhã. Camanducaia e Dão têm quatro cartões. E agora? Entram contra o Bangu para pegar o quinto e ficar fora do primeiro jogo da nova fase fora de casa? Ou jogam normalmente, correndo depois o risco de ficar fora no segundo jogo do mata-mata. Com a palavra, Luiz Carlos Cruz.

Sabadão espetacular Vem aí um sabadão espetacular, recheado de emoções. É hora de ver quem tem mais café no bule. Figueirense e Criciúma garantiram vaga. Joinville e Avaí brigam por ela com possibilidades de entrar ambos, desde que vençam e o Figueirense derrote o Bangu. O América, do Rio, corre por fora com pequena chance. Ao saber disso, um mané não agüentou: “Será que o Malaquias vai pintar?”

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Dor de cabeça O meio-campo do Figueirense tem causado forte dor de cabeça ao técnico Luiz Carlos Cruz. As baterias voltaram a ser descarregadas em cima de Zé Renato. Em Curitiba foi assim. Time sai bem para o jogo, mas se complica na criatividade do meio-campo. A falta de conclusão dos homens de frente tem sido o problema do Avaí. O Joinville não consegue o equilíbrio necessário para definir seus jogos dentro de casa. Por outro lado, o Criciúma, até então carta fora do baralho, renasceu e definiu sua classificação sem a angústia da rodada final e a tal combinação de resultados.